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Banif: Procura das obrigações subordinadas do Santander Totta não chegou a 4%

O valor mínimo a aplicar era de mil euros por cada investidor, e o juros anual das obrigações subordinadas do Santander era de 7,5%, cuja maturidade é a 6 de outubro de 2026.
Cristina Bernardo
3 Outubro 2016, 18h22

Só houve interessados em 7,599 milhões de euros em obrigações subordinadas do Santander Totta. O banco liderado por António Vieira Monteiro estava disponível para emitir obrigações até 205 milhões de euros como forma de compensar os clientes que tinham ficado com obrigações do antigo Banif, mas só houve procura para menos de 4% do total.

Segundo o comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foram dadas 114 ordens para subscrever 7.599 obrigações, o que totaliza os cerca de 7,6 milhões de euros em obrigações.

O banco estava disponível para emitir obrigações até 205 milhões de euros como forma de compensar os clientes que tinham ficado com títulos de dívida do Banif. Isto é, só houve procura para menos de 4% do total. O Santander Totta tinha lançado esta emissão obrigacionista destinada a ‘lesados’ do Banif. Em maio, a Lusa escrevera que o Santander Totta estava a tentar encontrar uma solução para compensar, pelo menos parcialmente, o investimento feito pelos obrigacionistas subordinados do Banif, que com a falência do banco são dos credores menos protegidos. Em causa estão cerca de 263 milhões de euros.

O valor mínimo a aplicar era de mil euros por cada investidor, e o juros anual das obrigações subordinadas do Santander era de 7,5%. Cada investidor receberia 75 euros por ano, 750 euros ao final do período de vida das obrigações a 10 anos, cuja maturidade é a 6 de outubro de 2026: “Emissão de até 205.000.000 euros de Obrigações Subordinadas com Taxa Fixa 7,5% e reembolso em 2026”, refere o documento divulgado à CMVM.

“O Emitente solicitou a admissão à negociação desta emissão de Obrigações para o dia 6 de outubro de 2016 no mercado regulamentado da Euronext Lisbon e da Bolsa do Luxemburgo para a sua cotação na Lista Oficial da Bolsa de Luxemburgo”.

Mil euros era o valor mínimo a aplicar por cada investidor neste título que dá um juro anual de 7,5%. Na prática, neste cenário, cada investidor receberá 75 euros por ano, 750 euros ao final do período de vida das obrigações, cuja maturidade é atingida a 6 de outubro de 2026.

Segundo o comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foram dadas 114 ordens para subscrever 7.599 obrigações, o que totaliza os cerca de 7,6 milhões de euros em obrigações.

Quando lançou a oferta reservada a clientes do antigo Banif, o banco liderado por António Vieira Monteiro pretendia usar as receitas conseguidas com esta emissão de dívida na cobertura de necessidades gerais da empresa, “o que inclui a obtenção de lucros”.

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