Se ganha cerca de 1.070 euros líquidos por mês e costuma abastecer o seu automóvel em Portugal, então saiba que 2,84% do seu dia de trabalho serve apenas para comprar um litro de gasolina. À primeira vista o número não parece chocante. Mas é daqueles números que é preciso colocar em perspetiva para se perceber a sua verdadeira dimensão.
E se lhe disser que precisa de trabalhar quase um dia e meio para atestar um depósito de 50 litros? Ou 34 dias por ano para alimentar dois depósitos mensais? Ou seja, um português com um salário pouco acima de mil euros, que consuma em média dois depósitos por mês, trabalha quase dois meses só para dar à ignição. Se existisse um Dia da Libertação dos Combustíveis ele calharia em meados de final de fevereiro. Se a isto somar os cinco meses e uns dias que trabalha para pagar impostos e contribuições à Segurança Social – o Dia da Libertação Fiscal ocorre geralmente no início de junho –, então um português trabalha quase até ao início de agosto só para pagar ao Estado e encher o depósito.
Na Europa ocidental e central, só mesmo Portugal e Grécia necessitam de trabalhar mais de um dia apara atestar o automóvel. Na Venezuela basta um décimo de dia, enquanto na Índia são necessários mais de 10 dias por mês [ver info].
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