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Russell 2000 em máximos históricos após onze sessões consecutivas com ganhos

Índice que agrupa as duas mil maiores ‘small caps’ nos EUA bateu máximos na última sessão, a beneficiar da eleição de Trump e da valorização do dólar.
21 Novembro 2016, 12h17

O ‘Russell 2000’, o índice norte-americano que agrupa 2.000 pequenas empresas (small caps), bateu máximos históricos na passada sexta-feira, ao fechar a sessão a valer 1.317,14 pontos.

Desde três de novembro, quando valia 1155,85 pontos até à sexta-feira passada, já são 11 sessões consecutivas a fechar com ganhos. Neste período, o ‘Russell 2000’ acumula uma valorização de 13,95% e desde 2003 que não registava uma série tão longa de sessões com ganhos.

Pequenas empresas, incluindo bancos regionais, continuam a valorizar. Estas ações subiram acentuadamente desde a eleição presidencial e estão agora em níveis recordes.

“Algumas das propostas que o presidente eleito Donald Trump prometeu, especificamente a desregulamentação e também algumas propostas comerciais, são melhores para as pequenas empresas do que potencialmente para as grandes”, disse Katie Nixon, diretora de investimentos da Northern Trust, citada pela CNBC.

O dólar não estava tão forte desde o início de 2003, e isto afeta grandes empresas multinacionais porque pode prejudicar as vendas fora dos EUA, mas é menos problemático para as pequenas empresas norte-americanas que vendem maioritariamente no mercado nacional.

“Assiste-se a uma mudança de paradigma no mercado de ações. Um dólar forte não prejudica tanto estas empresas comparativamente com as grandes. Ao contrário das cotadas no S&P 500, elas não fazem 40% das vendas no exterior”, afirmou Art Hogan, estrategista-chefe de mercado da Wunderlich Securities, citado pela CNBC.

Por ‘pequenas empresas’, considera-se empresas com capitalização superior a 300 milhões de dólares e inferior a 2.000 milhões de dólares.

Apesar do ‘Russell 2000’ ser um índice para ‘pequenas empresas’, muitas delas em início de vida, se as cotadas que compõe o PSI 20 fossem exportadas para as praças de Wall Street, todas elas entrariam neste índice, exceto as duas EDP’s, a Galp, a Jerónimo Martins e a NOS.

 

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