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Maria Luís: Costa teria dado “milhares de milhões de euros dos contribuintes” para salvar BES

Esta é a resposta de Maria Luís Albuquerque, deputada do PSD, a António Costa, que acusou o governo anterior de ter destruído o BES e o Banif.
Rafael Marchante/Reuters
25 Novembro 2016, 16h34

“Fosse António Costa primeiro-ministro em 2014 e teriam sido entregues milhares de milhões de euros dos contribuintes a Ricardo Salgado para evitar o colapso do Banco Espírito Santo (BES)”. Esta é a resposta de Maria Luís Albuquerque, deputada do PSD e ex-ministra das Finanças, a António Costa, que acusou o Governo anterior de ter destruído o BES e o Banif.

A deputada referia-se ao facto de o Governo liderado por Passos Coelho ter evitado que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) emprestasse 2,5 mil milhões de euros ao BES para pagar as dívidas das sociedades accionistas do GES (ESI/Rioforte) que estavam colocadas nos clientes do Grupo BES. Este pedido, apresentado pelo ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, foi rejeitado pelo Governo da altura.

Maria Luís Albuquerque saiu hoje em defesa do governo de coligação PSD/CDS-PP apontando a “gravidade e falsidade” das declarações de António Costa.

Costa ao ataque: “Governo anterior escondeu a situação do sistema financeiro”

As declarações da ex-ministra das Finanças vêm dar resposta a uma entrevista concedida por António Costa à Agência Lusa. Perante as críticas do PSD ao Governo e às polémicas em torno da administração da CGD, o primeiro-ministro atacou o anterior executivo referindo que “o que é absolutamente irresponsável é a postura do PSD que, enquanto Governo, procurou esconder dos portugueses a situação em que se encontrava o sistema financeiro”. Para o primeiro-ministro, foi o Governo PSD/CDS que provocou a queda do BES e do Banif.

Na mesma entrevista, António Costa salientou que foi “por sua responsabilidade [de Passos Coelho], que destruiu um banco como o BES, conduziu à destruição de um segundo banco, o Banif”. “Se não tivesse mudado o Governo gostava de saber quantos mais bancos teriam sido destruídos. Há um seguramente que teria sido destruído, a CGD, ou, pelo menos, teria sido empurrado para uma privatização que privaria os portugueses de terem um instrumento fundamental ao serviço da economia”, acusou o líder governamental.

Recorde-se que António Costa disse também que o PSD está a “inventar” polémicas para impedir a recapitalização da CGD. Sobre o facto de António Domingues ter participado em reuniões relativas ao futuro da CGD enquanto ainda exercia funções no BPI, o primeiro-ministro defendeu que o atual presidente do banco público tinha de verificar de antemão se havia “luz verde” de Bruxelas para o novo plano. Para Maria Luís Albuquerque, António Costa tentou “justificar o injustificável”.

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