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Caldeira Cabral: “Este Orçamento prevê a retoma do investimento público”

O ministro da Economia referiu que, ao longo deste ano, os indicadores económicos vão ser melhores do que aqueles já previstos no Orçamento do Estado para 2017.
Cristina Bernardo
24 Janeiro 2017, 15h53

Esta terça-feira, o ministro da Economia reforçou a ideia de que o Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) prevê a “retoma do investimento público” e afirmou que estima que haverá mais “revisões em alta das previsões” elaboradas pelas empresas.

Durante a conferência “OE2017”, promovida pelo Jornal Económico e pela EY, Manuel Caldeira Cabral enfatizou que é o segundo Orçamento deste Governo e “o segundo que reduz a carga fiscal”, nomeadamente, a quem ‘investe, inova e capitaliza”.

“Há sinais de que o investimento privado também irá crescer, devido à procura de fundos comunitários e ao crescimento do investimento das sociedades não financeiras”, explicou o governante, que considerou este orçamento “realista”.

Portugal em Davos

Manuel Caldeira Cabral tinha o discurso preparado para falar exclusivamente do Orçamento, mas optou por iniciar o discurso destacando a presença portuguesa no Fórum Económico Mundial, na Suíça.

“Há um ano, o que havia sobre Portugal era preocupação. Este ano, mudou radicalmente. Fomos a Davos apresentar o menor défice dos últimos anos”, sublinhou, a propósito da imagem do país perante a cimeira de líderes mundias, que aconteceu entre os dias 17 e 20 de janeiro.

O ministro da Economia realçou o receio dos populismos e os efeitos que possam ter. “Foi um encontro interesssante e um pouco diferente do ano passado, com a preocupação geopolítica. O Brexit ou as eleições dos Estados Unidos colocaram em causa premissas que tínhamos como certas”, disse, durante o encontro desta tarde, no Porto.

A seu ver, aquele que era um fórum sobretudo dedicado ao setor financeiro tornou-se essencialmente tecnológico. “Foi interessante ver startups falarem para CEOs e perceber que os investidores globais não estão só a olhar para os bancos com rankings”, confessou Manuel Caldeira Cabral, que acompanhou o primeiro-ministro em Davos.

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