O perfil de um homem de 35 anos, residente no Porto, com 12 anos de carta e que está há cinco anos sem sofrer qualquer sinistro é o ponto de partida para uma análise, exclusiva para o Jornal Económico, do ComparaJá.pt. O portal independente de comparação financeira fez as simulações com base no carro mais vendido em 2016 em Portugal, o Renault Clio (IV 1.5 dCi).
Quem procurar contratar um seguro automóvel obrigatório no mercado português pode conseguir preços que variam entre 84 e 260 euros. É uma diferença de 176 euros a que separa a alternativa mais económica e a mais dispendiosa, praticamente o equivalente a duas anuidades do seguro mais competitivo. No entanto, é fundamental atentar nas coberturas oferecidas. “A Logo, apesar de apresentar a solução mais económica, não oferece, por exemplo, a cobertura de ocupantes. Esta cobertura, uma vez contratada, garante que também o condutor está protegido em caso de sinistro”, elucida Miguel Mamede responsável da área de seguros do ComparaJá.pt. Nesse sentido, acrescenta, a seguradora que se destaca pela relação coberturas-preço é a OK Teleseguros ao apresentar 25 mil euros de capital seguro na cobertura de ocupantes para acidentes pessoais, assim como Assistência em Viagem e Proteção Jurídica, para além da legalmente obrigatória Responsabilidade Civil.
Prémios: Máquina e homem fazem a diferença
Segundo explica Miguel Mamede, entre os fatores que concorrem para a formulação do prémio do seguro automóvel, destacam-se a antiguidade do veículo, cilindrada, dados e histórico do condutor (idade, antiguidade da carta e histórico de sinistralidade). As seguradoras, reforça ainda, “tentam controlar o fator risco e, como tal, ajustam o prémio à experiência de condução”.
Não contratação pode levar a penalizações legais
Quem não possuir o seguro automóvel de responsabilidade civil, pode sofrer penalizações que surgem em forma de coimas legais e estas podem ir dos 500 aos 2500 euros se se tratar de um automóvel ou motociclo, ou dos 250 aos 1250 euros se for um outro veículo a motor. Além disso, não possuir seguro automóvel constitui uma contraordenação grave que é sancionada com coima e sanção acessória de inibição de conduzir. Complementarmente, no novo sistema de pontos uma contraordenação grave retira dois pontos ao condutor que cometer esta infração. O veículo, nestes casos, é apreendido e o condutor fica responsabilizado face aos outros condutores em caso de acidente. Já no caso da pessoa que sofre um sinistro com um condutor sem seguro, há um fundo que cobre os prejuízos (Fundo Garantia Automóvel ).
Vale a pena contratar um seguro com mais coberturas?
Como comprovam as simulações do ComparaJá.pt (tabela) a oferta é algo limitada nas coberturas e apenas garante responsabilidade civil até a um limite de 6 milhões de euros (com exceção na Ageas, fixado em 50 milhões de euros), sendo também oferecida a cobertura de ocupantes, assistência em viagem e proteção jurídica. O cliente tem, contudo, a possibilidade de fazer um upgrade no seguro para incluir coberturas facultativas. Este seguro automóvel básico não possui, por exemplo, cobertura para a quebra isolada de vidros. Esta proteção garante que se possa substituir ou reparar um vidro partido decorrente de um sinistro, sendo que a seguradora garante no todo ou em parte os custos da reparação ou substituição, descontada a eventual franquia, a cargo do tomador. Outra cobertura não incluída no seguro automóvel de carácter obrigatório é o veículo de substituição. Adicionando esta cobertura, a seguradora disponibiliza um automóvel da mesma gama enquanto o cliente estiver privado do uso do veículo próprio.
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