A martirizada sociedade moçambicana tem perante si duas frentes de guerra potencial – uma interna e outra externa – que podem minar o futuro do país por muitas décadas (segundo apreciação da própria ONU) e que, no imediato, estão a exercer forte impacto sobre uma população fundamentalmente pobre. E se na frente interna as notícias vão no bom sentido, as incursões externas no norte de Moçambique não só continuam como parecem estar a alargar o seu espectro geográfico.
No último dia do mês de fevereiro, um grupo armado invadiu e matou residentes da aldeia costeira de Quirinde, no norte de Moçambique, a que se seguiu outro ataque na mesma zona, contra o posto fronteiriço de Namoto entre Moçambique e a Tanzânia. O perfil dos ataques é semelhante aos que sucedem há cerca de três anos e são perpetrados por supostas milícias muçulmanas na região de Cabo Delgado – o que quer dizer que os atacantes estão a tentar estender a sua zona de impacto, numa altura em que a ajuda internacional liderada pela ONU e auxílio em armamento e treino de tropas especiais que a União Europeia pretende protagonizar tardam em chegar ao terreno.
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