No segundo volume da biografia de Jorge Sampaio (escrita pelo jornalista do Expresso José Pedro Castanheira e que será publicado a 20 de março) podem ler-se várias revelações feitas pelo antigo chefe de Estado (1996-2006). Por exemplo, Sampaio desabafou que “foi o seu amigo Nuno Brederode Santos que o desafiou a avançar mais cedo do que pretendia, alegando que o PS se preparava para apoiar outro candidato”, como escreve a Lusa.
“Tens que avançar, e já, porque os gajos vão decidir outra coisa”, disse-lhe o amigo, levando Sampaio a telefonar logo a seguir a António Guterres, que na altura ocupava o cargo de secretário-geral do PS, para lhe comunicar que iria avançar. “Peguei no telefone, fez-se um silêncio absoluto e todos os que estavam ouviram a conversa: ‘Oh Guterres, é só para lhe dizer que vou anunciar a minha candidatura dentro de dias”, explica Jorge Sampaio.
“O Guterres ficou absolutamente à rasca, porque tinha uma gestão interna difícil de fazer. Não esperavam que lhes comunicasse assim de repente e cortei-lhes qualquer hipótese”, adianta.
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