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Maior gestora de ativos do mundo lança sério aviso a Portugal

Grupo de grandes investidores internacionais critica decisão do Banco de Portugal e sublinha que “a ação do Banco de Portugal tem vindo a custar caro ao contribuinte português”, avança o Expresso.
22 Março 2017, 15h02

Um grupo de grandes investidores internacionais, liderado pela maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock, que sofreu perdas com a transferência de cinco séries de obrigações do Novo Banco, defende que a decisão do Banco de Portugal (BdP) foi prejudicial para Portugal e que um acordo seria benéfico para o país, noticia o Expresso.

O grupo de investidores avisa que “a reputação e credibilidade do país foram tão gravemente danificadas que os custos de juros da sua dívida soberana serão muitos milhares de milhões de euros mais elevados do que teriam sido se o Banco de Portugal não tivesse tomado esta decisão imprudente”, num comunicado a que o jornal Expresso teve acesso.

A BlackRock e a PIMCO, investidora em títulos de dívida fazem parte do grupo de grandes investidores críticos da acção do BdP, que sublinha que “várias destas instituições têm sido grandes parceiros financeiros de longa data do Governo português, entidades financeiras e empresas”. O grupo defende que “a ação do Banco de Portugal tem vindo a custar caro ao contribuinte português”.

O grupo de investidores, que constitui dois terços das perdas de 2,2 mil milhões de euros com a transferência das obrigações do Novo Banco, argumenta que “os custos dos empréstimos para os bancos portugueses são também destacados pelo comunicado:“os bancos portugueses também têm as consequências da decisão sob a forma de custos de empréstimo recorde”.

Acrescenta ainda que “um acordo traria benefícios substanciais para a reputação de Portugal e para o contribuinte português sob a forma de menores custos de empréstimos para o soberano e o sector bancário. As instituições afetadas procuram uma conclusão atempada e construtiva para este assunto”, cita o Expresso.

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