Inácio Lula da Silva está de regresso à liberdade – depois de o Supremo Tribunal ter anulado todo o processo construído pelo Juiz Sergio Moro – e a grande dúvida é saber-se se estará ou não disponível para se apresentar como candidato às próximas presidenciais, que ocorrerão em 2022. Na sua primeira conferência de imprensa depois de liberto da prisão, Lula da Silva afirmou que foi “vítima maior mentira jurídica contada em 500 anos de história” e, depois de ter agradecido a algumas figuras pelo apoio que lhe deram na prisão, o ex-presidente foi parco em questões de presidenciais.
Não seria com certeza o lugar cerro para anunciar uma nova candidatura – mas uma resposta a essa dúvida é aquilo que todo o Brasil espera, possivelmente com ansiedade. Mesmo assim, garantiu que se sente “muito jovem” – acaba de superar um cancro, não foi afetado pela Covid-19 e saiu da prisão – e garantiu que não vai desistir da vida política.
“Não tenham medo de mim, eu sou radical porque quero ir na raiz dos problemas deste país”, sendo certo que Moro está do lado desses problemas: “Fiquei muito feliz porque, depois da divulgação de tanta mentira contra mim, (…) pela primeira vez, a verdade prevaleceu”. “Vamos continuar brigando para que o Moro seja considerado suspeito, porque ele não tem o direito de se transformar no maior mentiroso da história do Brasil e ser considerado herói por aqueles que me queriam culpar”, disse ainda.
Lula falou ao país a partir do local onde começou a sua carreira política e no mesmo sítio onde, há quase três anos, foi detido pela polícia federal – a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo – para cumprir um ano e meio de prisão em Curitiba, tendo sido libertado no final de 2019.
Lula demorou-se especialmente a agradecer o apoio do Papa Francisco, com que, revelou, ter tido, em audiência no Vaticano, uma longa conversa “não sobre o meu caso, mas sobre a luta contra a desigualdade”.
Lula agradeceu ainda ao presidente argentino, Alberto Fernández, entre outros dirigentes e ex-dirigentes da América do Sul. Mas também ao ex-candidato às primárias do Partido Democrata norte-americano Bernie Sanders e ainda à presidente da edilidade de Paris, Anne Hidalgo. Mas não foram apenas políticos que constaram da lista dos agradecimentos: também o intelectual norte-americano Noam Chomsky e o brasileiro Chico Buarque – entre muitos outros brasileiros) tiveram direito a referência.
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