Na prática, a decisão da Comissão Política Nacional do Bloco de Esquerda e da Comissão Coordenadora madeirense do partido, limita-se a manter os bloquistas integrados numa coligação eleitoral liderada por Paulo Cafofo, candidato indicado pelo PS, que em Outubro tentará manter a maioria na Câmara Municipal do Funchal.
O Bloco de Esquerda – um dos poucos resistentes da coligação eleitoral de 2013, depois dos abandonos do MPT e do PTP e da extinção do PND decretada pelo Tribunal Constitucional – tem sido suporte essencial da coligação minoritária que governa o município do Funchal.
Depois da demissão em 2014 da antiga presidente da Assembleia Municipal, uma independente indicada pelo PS, o Bloco de Esquerda assumiu a presidência deste organismo municipal depois da eleição do também deputado regional Rodrigo Trancoso.
A continuidade do Bloco de Esquerda na coligação funchalense significa que estão superadas algumas divergências políticas surgidas durante o processo negocial liderado por Paulo Cafofo – o PS tem estado à margem dos contatos com outros partidos apoiantes em 2013 do actual edil funchalense.
Paulo Cafofo, que deverá anunciar a sua recandidatura até final deste mês, manter-se-á como candidato à liderança da Câmara do Funchal enquanto Rodrigo Trancoso será o candidato à presidência da Assembleia Municipal do Funchal.
A coligação que em 2013 conquistou pela primeira vez a Câmara do Funchal, derrotando o PSD, contará este ano, para além do PS, o apoio do Bloco de Esquerda, o Juntos pelo Povo e provavelmente o PAN e algum outro partido sem expressão política e sem representação parlamentar regional.
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