Segundo o dirigente comunista Fernando Lume, que falava num encontro com a comunicação social convocado para as imediações das instalações da RTP-Madeira, “os trabalhadores assistiram à desvalorização, ao ataque e aos cortes no financiamento do serviço público”.
“Quem sobrou, para lá da incerteza e da ameaça constante de desemprego, faz hoje o trabalho de 2 ou 3 profissionais do sector a uma velocidade alucinante, sem tempo para enquadrar, pesquisar, criticar, contraditar. Perdem os trabalhadores do sector, perde a qualidade e o rigor da informação, perde a democracia”, sublinhou Lume.
Admitindo que por causa desta situação “a liberdade de imprensa está condicionada pela precariedade laboral no sector”, Lume apontou diversos exemplos de alegada precariedade existentes em meios de comunicação social regionais, públicos ou privados, “onde a praga dos falsos recibos verdes é uma realidade”.
Os comunistas denunciaram, no caso da RTP-Madeira, o recurso à contratação de empresas de prestação de serviços, “com trabalhadores a recibos verdes apesar de desempenharem única e exclusivamente funções na RTP”, situações de recibos verde ainda existentes no Jornal da Madeira – que recentemente foi alienado pelo governo madeirense a um consórcio de privados – a par de alguma instabilidade em grupos detentores de rádios locais na Madeira.
O PCP-Madeira denunciou ainda casos de não pagamento da segurança social, reclamando a necessidade de ser posto termo a “práticas ilegais de contratação de trabalhadores” neste sector.
O PCP já apresentou na Assembleia da Madeira uma proposta de criação de um “Plano Regional de Combate aos Falsos Recibos Verdes” e quer ouvir o Governo Regional “sobre este grave problema para sabermos quais as medidas que estão a ser tomadas para acabar com os falsos recibos verdes”.
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