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Jogadores da NFL vão poder vender os batimentos cardíacos

Os jogadores vão ter o total controlo dos seus próprios dados médicos. Podem vendê-los, mantê-los privados ou não participar de todo na cedência de dados.
Matthew Emmons-USA TODAY Sports/Reuters
2 Maio 2017, 07h30

Imagine este cenário: estar no sofá a ver um jogo da National Football League (NFL) e ao mesmo tempo estar a comparar as frequências cardíacas dos jogadores em campo, como por exemplo Tom Brady (New England Patriots) e Cam Newton (Carolina Panthers), ambos quarterbacks. Imagine poder fazer a sua própria análise da condição física dos jogadores através dos dados médicos, e saber quem está melhor preparado.

Esse cenário está mais próximo da realidade, como noticia a Bloomberg. A Associação Nacional de Jogadores da Liga de Futebol chegou a um acordo com a empresa tecnológica Whoop Inc., que, pela primeira vez, dá aos jogadores a capacidade de ganhar dinheiro com seus dados de saúde, como a frequência cardíaca.

A Whoop vai distribuir uma pulseira aos jogadores da NFL para monitorizar a tensão, recuperação e horas sono. De acordo com a empresa de Boston, os sensores da cinta registam informação 100 vezes por segundo, e transmitem os dados para aplicações móveis e também para o site da empresa. A Whoop diz que os dados dão ao atleta, treinadores e preparadores físicos um índice instantâneo sobre a condição física dos jogadores.

“OneTeam Collective” é uma espécie de sindicato projetado para negociar os direitos de imagens dos jogadores de futebol americano, que em vez de vender os direitos por dinheiro, pedem equity em startups direcionadas para o desporto.

Esta parceria com a Whoop é a primeira do sindicato, onde a associação de jogadores fez um investimento na empresa como parte do acordo de cedência de dados, disse Ahmad Nassar, presidente do “OneTeam Collective”, citado pela agência de notícias.

O sindicato e a empresa tecnológica vão estudar os efeitos do sono, lesões e outros fatores sobre a recuperação, a fim de aumentar a segurança e desempenho dos jogadores.

A Nike já tem o acesso aos dados médicos em alguns dos seus contratos universitários, como a Universidade de Michigan. O basebol é o único desporto profissional que aprovou o uso de dispositivos biométricos durante os jogos da liga.

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