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Pesagem de botijas de gás para reembolsar consumidores não vai avançar, diz Governo

Jorge Sanches Seguro disse em entrevista citada pela Lusa, que a proposta do Governo anterior para que cada revendedor de gás de garrafa tivesse uma balança para pesar a bilha do gás de cada pessoa e descontar aquilo que lá estava (gás que sobra) e levar outra “não é exequível” .
30 Abril 2017, 15h18

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, avançou que a medida que chegou a estar prevista pelo anterior Governo de Pedro Passos Coelho, através da pesagem do gás no fundo da botija, “não é exequível”, por não ser possível ter um sistema de pesagem em cada posto, aferir de quem é a responsabilidade se o gás não é consumido até ao fim ou acautelar que não haja manipulação das garrafas. Por isso, a medida que vai entrar em funcionamento não será concretizada de forma individual, mas de forma global, “através de uma média estabelecida a nível nacional e de forma a que haja uma recuperação do preço no próximo ciclo dos preços do gás de garrafa”, refere a Lusa que cita a entrevista.

“Será feita de forma global, através de uma média que é estabelecida com aquilo que chega no fundo de garrafa. Nos centros de pesagem, fazem uma média e dizem o que chegou foi ‘x por cento’ e esses ‘x por cento’ devem ser abatidos ao preço que vai ser estabelecido neste próximo ciclo de enchimento de garrafas”, especificou Jorge Seguro Sanches citado pela Lusa.

O decreto-lei  aprovado pelo Governo anterior previa que os revendedores pesassem as botijas vazias de forma a proceder ao reembolso do gás que restava no fundo. Segundo contas da Deco, 300 gramas de gás em média ficam no fundo de cada botija o que dá um desperdício de 72 euros por família todos os anos.

O governante sublinhou que é preciso “encontrar uma solução alternativa”.

A medida avançará “seguramente este ano” e caberá à ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energético) fiscalizar a medida nos seis postos de enchimento de garrafas que existem em Portugal. Jorge Seguro Sanches chamou ainda a atenção para as empresas comercializadoras de eletricidade, constatando que se conseguiu que o aumento do preço no mercado regulado para este ano fosse de 1,2%, ou seja, abaixo da inflação, mas sublinhando que “a maior parte dos portugueses não sentiu isso”, refere a Lusa citada pelos sites noticiosos.

Segundo a entrevistado o objectivo para 2017 é ainda reduzir os preços do gás engarrafado.

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