Segundo Mariana Rosa, directora do Departamento de Office Agency & Corporate Solutions da JLL, “o ano começou com o mercado de escritórios bastante activo e a tendência de transacções de grande dimensão manteve-se, com nove operações acima dos 1.000 m2 nestes três meses. Muitas destas operações são referentes a mudanças de edifício, já que as empresas viram neste momento de mercado, em que ainda existem alguns edifícios novos ou em localizações prime, uma boa oportunidade para mudar de instalações”.
São os casos da mudança de escritórios de uma sociedade de advogados e do Bankinter para os edifícios Marquês de Pombal 12 e 13, ambas as operações a cargo da JLL; mas também da mudança de edifício da Janssen Cilag para o edifício do Lagoas Park, concluído no início do ano passado; e da ocupação pela Farfetch da última fração disponível no Edifício D. Luís I, concluído no último trimestre de 2016.
De acordo com a análise da JLL e em reflexo desta tendência, a mudança de escritórios foi a principal motivação para a ocupação de área no trimestre, com um peso de 78% do total do take up. Os restantes 22% distribuem-se entre a expansão de área e a entrada de novas empresas em Lisboa.
O Office Flashpoint revela que a área média por transação no 1º trimestre ascendeu a 650 m2, num total de 61 operações de ocupação de escritórios. O Corredor Oeste foi a zona mais dinâmica, com 33% da área ocupada no trimestre, seguida do Prime CBD, com um peso de 27%. Do lado da procura, foram as empresas da área “Farmacêuticas e Saúde” que ocuparam mais espaço (22% do total), com os setores de “Consultores e Advogados” e de “Serviços Financeiros” a apresentarem um dinamismo equiparado, com pesos de, respetivamente, 19% e 18%.
A análise da JLL revela ainda que em março foram ocupados 8.375 m2 de escritórios num total de 30 operações, com uma área média de 279 m2. Destacam-se o Corredor Oeste (45% do take up mensal), a Nova Zona de Escritórios (24%) e a Zona Histórica e Ribeirinha (11%). As duas primeiras zonas acolheram as duas operações acima de 1.000 m2 registadas em março, nomeadamente a instalação da VWR em 1.400 m2 no Corredor Oeste e de O Parque em 1.500 m2 na Nova Zona de Escritórios, uma operação também concretizada pela JLL. As empresas de “Outros Serviços” (34%), “Farmacêuticas e Saúde“ (28%) e “TMT’s & Utilities” (26%) lideraram a procura em março. Tal como no acumulado do ano, a mudança de escritórios pesou 78% na atividade mensal, contra 22% motivados pela expansão de área e entrada de novas empresas em Lisboa.
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