Os enfermeiros associados da Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros (Fense) começam esta quarta-feira às 8 horas uma greve de zelo por tempo indeterminado. O protesto, que passa por exercer funções sem pressa, tem como intuito barafustar contra a falta de diálogo do Ministério da Saúde com estas estruturas sindicais que acusam a tutela de não dar seguimento às suas reivindicações, nomeadamente em matéria de horários de trabalho, categorias e vencimentos.
Os profissionais em causa estão contra a inexistência de categorias na carreira e o facto de haver enfermeiros que, trabalhando o mesmo, têm vencimentos diferentes.
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros (SE), José Azevedo, que conjuntamente com o Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) formam a FENSE, esta atitude dos profissionais que aderirem ao protesto irá ter repercussões no atendimento em ambulatório e nos blocos cirúrgicos. “Na prática, só acabaremos de cuidar de um doente quando este tiver recebido todos os cuidados, independentemente do tempo que demorar. Não vamos andar a correr”, explicou.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, justificou a posição com o facto de terem sido “esgotadas todas as ações de diálogo com o Ministério da Saúde”, realçando que se continuar a despedir enfermeiros nos hospitais apesar de o Serviço Nacional de Saúde ser “pele e osso”.
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