“Cabe aos empresários o papel de mudança da economia e da sociedade”, sendo eles o marco estrutural do país, disse o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no encerramento do 14º encontro nacional de inovação da COTEC, que estava no Porto numa espécie de presidência aberta ao conhecimento, nas vertentes da academia e das empresas.
O Estado deve ‘fazer’ a envolvente: “foi possível estabilizar o país” a diversos níveis – legislativo, fiscal (ainda em execução), laboral, político. Rebelo de Sousa afirmou ainda que “as finanças sãs” são hoje uma realidade, sendo elas “uma base fundamental” do desenvolvimento. O Presidente da República falou do tema como um sinal de viragem da economia – sem esquecer de seguida a criação de emprego como fundamental.
Tudo isso, a que acresce a segurança, a estabilidade e a confiança – “bem mais difícil de construir” – e o crescimento económico com base nas exportações”, “fizeram de Portugal o país da moda”. “Há sinais estimulantes em termos de crescimento. É preciso que sejam confirmados ao longo deste ano”, disse ainda Rebelo de Sousa. O Presidente da República insistiu na tecla da confiança, tanto interna como externa, onde avulta a questão da dívida – ou das dívidas, privada e pública.
Rebelo de Sousa regressou ao tema da necessidade de consensos como veículo do desenvolvimento – algo que é uma constante no seu discurso desde que assumiu a presidência da República. É nesse quadro, explicou, que uma das funções do Presidente da República “é garantir que o bom momento conjuntural se transforma em estrutural”.
Antes da intervenção de Rebelo de Sousa, o presidente da COTEC, Francisco de Lacerda, afirmou que a inovação, entendida como uma espécie de desígnio do desenvolvimento, deve fazer parte da estratégia de qualquer empresa nacional. E não apenas de forma conjuntural, mas, ao contrário, de forma estrutural. Nesse quadro, cabe ao Estado um papel determinante, de contribuir para a criação de uma envolvente favorável à inovação. Mais: é também uma responsabilidade central do Estado capacitar os cidadãos para a inovação, o que, no limite, permite perspetivas um crescimento económico sustentado. É que, salientou Francisco de Lacerda, são as empresas inovadoras que sustentam o crescimento, a criação de riqueza, as exportações e, finalmente “as que pagam melhores salários”. Francisco de Lacerda disse ainda que a COTEC foi reconhecida como instituição de utilidade pública.
O prémio Produto Inovação, atribuído pela COTEC e pela Agência Nacional da Inovação foi este ano para a Adira, do empresário Cardoso Pinto, amigo de adolescência de Marcelo Rebelo de Sousa. As empresas Biosurfit e Amorim & Irmãos foram também distinguidas.
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