A FENPROF promove amanhã um Dia Nacional de Luta de professores, com a entrega de mais de 10 mil postais de docentes de todo o país no Ministério da Educação, em Lisboa, exigindo um regime excecional de aposentação, e com a ameaça de uma greve nacional em junho, que coincidirá com o período de avaliações e de exames.
“Neste momento temos mais de 10 mil postais preenchidos por professores, com a idade, os anos de serviço e a idade com que se poderiam aposentar sem penalização. Nalguns casos seriam precisos 50 anos de serviço para que isso acontecesse. É abusivo”, disse ao Jornal Económico o dirigente da federação sindical, Mário Nogueira.
O dia será marcado também com “o início do debate sobre as lutas a desenvolver em junho” e, caso o Ministério da Educação não dê resposta às exigências da FENPROF até final do mês, em cima da mesa está a possibilidade de uma manifestação nacional e de uma greve “a partir de dia 19 de junho”, avança a FENPROF em comunicado.
Mário Nogueira explica que “a tendência é para que seja uma greve” que, a realizar-se, coincidirá assim com o período de avaliação e de exames.
“Demos um prazo para o Ministério da Educação responder e, se não houver respostas até final de maio, a FENPROF vai reunir nessa altura e decidir o que fazer”, acrescenta o dirigente sindical.
O Dia Nacional de Luta ocorre no mesmo dia em que a Assembleia da República discute a petição “Respeitar os docentes, melhorar as suas condições de trabalho e valorizar o seu estatuto de carreira”, promovida pela FENPROF e que reuniu mais de 20 mil assinaturas.
Em causa no protesto estão questões relacionadas com carreiras, aposentação, horários de trabalho, combate à precariedade e gestão das escolas.
Amanhã, a concentração de professores e a entrega dos postais no Ministério da Educação estão previstas para as 11h30 e, à tarde, a FENPROF irá marcar presença nas galerias da Assembleia da República para acompanhar o debate sobre a petição.
Ao longo dos últimos dias, a federação sindical conta que tem estado a recolher dezenas de moções aprovadas pelos professores nas escolas exigindo a resolução dos problemas que serão entregues aos grupos parlamentares.
Ao mesmo tempo, os docentes contratados têm estado a pedir ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a abertura de novos processos de vinculação extraordinária, uma vez que não se encontram abrangidos pelo PREVPAP – Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários do Estado.
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