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Ministério Público investiga alegado crime nas obrigações do Novo Banco

A Procuradoria-Geral da República confirmou a receção de duas participações da CMVM, as quais deram origem a dois inquéritos.
18 Maio 2017, 09h04

O Ministério Público está a investigar alegadas irregularidades na compra e venda de obrigações do Novo Banco, um caso que remonta a dezembro de 2015 e que poderá envolver o crime de abuso de informação privilegiada, avançou o jornal ECO.

“Confirma-se a receção de duas participações da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as quais deram origem a dois inquéritos. Estes inquéritos encontram-se em investigação e não têm, de momento, arguidos constituídos”, disse fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR) à agência Lusa, na sequência dessa notícia.

O negócio suspeito, que terá levado a CMVM a comunicá-lo à Procuradoria-Geral da República, refere-se a uma transação de 64 milhões de euros que terá acontecido dias antes de o Banco de Portugal transferir 2,2 mil milhões de obrigações do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES).

O Ministério Público confirmou ao jornal que “estes inquéritos encontram-se em investigação e não têm, de momento, arguidos constituídos“. Explica-se na página do jornal online que uma seguradora terá vendido um bloco de 64 milhões de euros de obrigações do Novo Banco a um investidor institucional fora de Portugal.

Além disso, refere-se ainda que uma semana depois o Banco de Portugal emitia um comunicado sobre a transferência de obrigações para a esfera de ativos do BES, pelo que “quem tinha comprado a obrigação uma semana antes” perdeu a “quase totalidade do capital investido”.

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