Hospital de Santa Maria prevê poupar um milhão de euros em energia com novo apoio do Estado

O Centro Hospitalar Lisboa Norte, onde se insere o Hospital de Santa Maria, vai implementar medidas de poupança energética ainda este ano, no âmbito do programa de auxílio do Estado POSEUR (Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos). Atualmente, o consumo de energia da unidade hospitalar tem um peso de cerca de três milhões de euros por ano no orçamento, sendo que o hospital prevê poupar mais de 40% na fatura energética através do novo apoio.

“O atual consumo de energia do Centro Hospitalar Lisboa Norte ronda os 25 GWh. Com as novas medidas de eficiência energética o CHLN prevê uma poupança de energia de 44% face aos consumos de 2016, o equivalente, releva-se, a uma poupança de um milhão de euros”, informou a instituição em comunicado.

O Hospital de Santa Maria conta com a maior fatia do financiamento do programa em questão (aproximadamente 15 milhões de euros) e vai encaminhá-los as seguinte medidas  de poupança:   centralização da produção de fluido térmico para aquecimento e arrefecimento ambiente; substituição de iluminação por tecnologia LED; instalação de painéis fotovoltaicos para a produção de energia elétrica e a implementação do sistema solar térmico para aquecimento de águas sanitárias, entre outras.

A cerimónia formal para oficializar os termos de aceitação do POSEUR, na qual participaram as 17 entidades da Administração Pública Central ‘premiadas’ na primeira fase do projeto, realizou-se esta quarta-feira, na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. O encontro contou com a presença de três ministros portugueses – Ambiente, Economia e Saúde – e do secretário de Estado da Energia.

No início do mês, Portugal, Espanha, França e Itália enviaram uma carta conjunta à Comissão Europeia a apelar à eliminação dos obstáculos ao investimento em eficiência energética. Na missiva enviada a Jean-Claude Juncker, os ministros signatários, Manuel Caldeira Cabral, Álvaro Nadal, Ségolène Royal e Carlo Calenda, defendem que o desenvolvimento da eficiência energética é muito menor do que o desejado na Europa e pedem uma reforma das normas contabilísticas europeias usadas para cálcular o défice e a dívida pública.

Os governantes acreditam que uma proposta europeia de diretiva possa auxiliar no processo, bem como o apoio financeiro de instituições europeias, do Banco Europeu de Investimento e dos fundos estruturais europeus (FEDER).

O PO SEUR já ultrapassou a meta dos 1.000 projetos aprovados! #Portugal 2020 #POSEUR #Sustentabilidade pic.twitter.com/2UmaH6l8ON

— PO SEUR (@POSEUR2020) May 24, 2017