FESAP exige aumentos de 2,5% na funcão pública em 2018
A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) exige aumentos salariais e das pensões de 2,5% já no próximo ano, rejeitando que apenas em 2022 haja atualizações para os trabalhadores do Estado.
“Os salários e as pensões dos trabalhadores e dos aposentados da Administração Pública têm de ser atualizados já em 2018, sendo a nossa proposta nominal de 2,5%, valor que permitirá alguma recuperação do poder de compra perdido”, lê-se num comunicado à imprensa.
A federação sindical da UGT sublinha que, de acordo com o Plano de Estabilidade apresentado pelo Governo, a previsão da inflação acumulada entre 2017 e 2022 atingirá os 8,6% e que por isso “não aceitará” que apenas em 2022 “possam vir a ser consideradas atualizações salariais para os trabalhadores da Administração Pública, uma vez que isso conduziria à inaceitável continuidade do percurso de perda do seu poder de compra”.
A estrutura sindical diz também que irá procurar obter garantias de que os orçamentos dos ministérios contemplem em 2018 as verbas necessárias para o descongelamento das progressões. E reclama que seja “reposta a normalidade” no pagamento das horas extraordinárias.
A FESAP refere que nas suas reivindicações para 2018 terá em consideração “o estado atual da economia portuguesa, para o qual muito contribuiu o esforço dos trabalhadores da Administração Pública”.
“Perante esta conjuntura, daremos desde logo especial relevância à política salarial a seguir, já no Orçamento do Estado para 2018”, afirma a federação sindical.
Apesar de reconhecer melhorias e abertura negocial, a FESAP considera que “são ainda muitas as reivindicações que permanecem por atender no sentido de permitir que os trabalhadores da Administração Pública possam recuperar, não só o poder de compra que, paulatinamente, foram perdendo ao longo de uma década, como também recuperarem a dignidade e assistirem a uma política de recursos humanos que coloque a sua valorização pessoal e laboral como pontos centrais”.
