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Transição para a economia de baixo carbono já começou e não há forma de a travar

Sofia Santos, secretária geral do BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, refere que ao contrário do que defendeu Donald Trump, o Acordo de Paris não bloqueia o desenvolvimento das energias limpas.
3 Junho 2017, 09h45

“Ao longo desta semana soubemos que a União Europeia e a China estão alinhadas no combate às alterações climáticas. É um facto notável! Em Portugal, com o apoio do ministério do ambiente e do ministério da economia, as empresas associadas do BCSD também estão comprometidas com o Acordo de Paris, nomeadamente através do projeto Meet 2030”, defende Sofia Santos, secretária geral do BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, em resposta ao anúncio da retirada dos EUA do Acordo de Paris.

A responsável admite mesmo que ao contrário do que defendeu Donald Trump no seu discurso, o Acordo de Paris não bloqueia o desenvolvimento das energias limpas e não contribui para a perda de empregos, salários mais baixos ou encerramento de fábricas. As oportunidades económicas para os países e para as empresas resultantes do Acordo de Paris estão identificadas e são inegáveis. A transição para a economia de baixo carbono já começou e não há forma de a travar”.

Segundo a organização We Mean Business, a implementação do Acordo de Paris vai permitir atividades económicas de, pelo menos 13,5 biliões, nos próximos 15 anos. Também o recente relatório Better Business, Better World da Business & Sustainable Development Commission, evidencia que as oportunidades de negócio criadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – que incluem o combate às alterações climáticas – estão avaliadas, em pelo menos, 12 biliões de dólares por ano, sendo que os ODS podem gerar até 380 milhões de novos empregos até 2030.

“Tendo em conta a limitação do aumento da temperatura do planeta de 1,5 a 2 graus previsto no Acordo de Paris, no BCSD estamos a identificar potenciais oportunidades e inovações que possam criar vantagens competitivas para as empresas, de forma a promover um crescimento sustentável da economia e, obviamente, a criação de emprego”, acrescenta Sofia Santos.

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