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Restaurantes faturaram 3.730 milhões de euros em 2016

Faturação dos restaurantes portugueses aumentou 2,2% no ano passado. Segmento da comida rápida foi o que evidenciou o desempenho mais favorável, segundo o estudo Setores “Restaurantes” publicado pela Informa D&B.
5 Junho 2017, 16h07

O volume de negócios gerado pelo setor da restauração em Portugal atingiu os 3.730 milhões de euros em 2016, correspondente a um acréscimo de 2,2% face ao valor registado no ano anterior. O valor da facturação da restauração é revelado no estudo Setores “Restaurantes” publicado pela Informa D&B que confirma a tendência ascendente iniciada em 2014 e antecipa um aumento das vendas de 270 milhões de euros para o próximo ano.

Segundo este estudo, hoje divulgado, entre 2009 e 2013 o mercado português da restauração perdeu cerca de 30% do seu valor, devido ao “corte substancial” do gasto das famílias e empresas e à forte concorrência em preços existente no setor. Mas a partir de 2014 a tendência inverteu-se, tendo o valor do mercado registado taxas de variação positivas.

Em 2016 o volume de negócios ascendeu a 3.730 milhões de euros, o que correspondeu a um aumento de 2,2% face ao ano anterior.  Deste montante, a facturação na restauração com serviços de mesa representa a grande fatia: 2.802 milhões de euros (mais 0,7% face ao ano anterior), com os restantes 928 milhões de euros de facturação na restauração sem serviço de mesa (mais 6,9% face a 2015).

“O segmento da comida rápida foi o que evidenciou o desempenho mais favorável, graças aos seus preços competitivos e às mudanças de hábitos alimentares da população. Em 2016 as vendas de este tipo de estabelecimentos registaram um crescimento de 7,6%, para 780 milhões de euros”, avança a Informa D&B.

O estudo da Informa D&B realça que as previsões a curto prazo para a economia portuguesa apontam para a continuação do crescimento do consumo privado, estimando que o mercado da restauração atinja em 2017 um valor próximo dos 3.800 milhões de euros (mais 1,9%), sendo expectável um aumento semelhante em 2018.

Sobre a oferta do sector, é assinalado um grau de fragmentação elevado, predominando os operadores independentes e de pequena dimensão. Contudo, explica o estudo, “ aprecia-se uma tendência de concentração empresarial, impulsionada pelo avanço das principais cadeias de restaurantes, tanto de comida rápida como de restauração informal, as quais têm aumentado o seu peso no mercado nos últimos anos”.

Em 2015, o número de empresas gestoras de estabelecimentos de restauração em Portugal era de 28.610, cerca de 3.000 menos do que as existentes em 2008. Estas empresas, diz o estudo, foram responsáveis por cerca de 114 mil postos de trabalho em 2014, com uma média de quatro trabalhadores por empresa.

Os cinco maiores operadores do setor por volume de negócios detinham em 2016 uma quota de mercado conjunta de 11%, enquanto a dos dez maiores rondava os 15%.

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