A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou esta quinta-feira (22), que a corrupção, evasão fiscal, financiamento do terrorismo e a exclusão financeira são os grandes desafios da economia global.
Num discurso perante o plenário do Grupo de Ação Financeira contra lavagem de dinheiro, na cidade espanhola de Valência, a responsável pelo organismo pediu para “intensificar a luta contra a corrupção e evasão fiscal”. Na sua opinião, o efeito dominó que provoca a falta de pagamento de impostos é um fator importante para um “descontentamento popular e instabilidade económica”.
A diretora do FMI também fez apelo a que se dêem por terminado os fluxos financeiros que alimentam o terrorismo a nível mundiu e pediu um maior trabalho no desenvolvimento e entendimento de novas tecnologias financeiras, como as moedas virtuais.
Neste sentido, lembrou que as designadas fintech são uma “faca de dois gumes”, que podem ser utilizados por redes terroristas, mas também podem ajudar na linha de defesa contra elas. Além disso, destacou a necessidade de evitar a exclusão do sistema bancário de pessoas dos países em desenvolvimento, pedindo melhores estruturas reguladoras.
A evasão fiscal faz com que “aumente a dívida pública e diminua o investimento em educação, saúde e outros serviços públicos” e “significa mais desigualdade, já que os mais vulneráveis são os mais afetados pela forte queda das despesas sociais”, segundo Christine Lagarde.
A directora do FMI anunciou que a entidade internacional vai publicar um relatório sobre o impacto da corrupção no crescimento económico e elogiou o trabalho realizado pelo grupo para o qual discursou, presidido pelo espanhol Juan Manuel Vega-Serrano, em prol da transparência. A seu ver, investigações como o Panama Papers, sobre o complexo sistema de paraísos fiscais (offshores), demonstram a importância de apoiar este trabalho.
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