A Sociedade Comercial Orey Antunes fechou os resultados trimestrais com 49 mil euros de lucros, depois de no período homólogo do ano anterior ter tido 229 mil euros de prejuízo (uma melhoria de 121%).
“Foi um trimestre onde, felizmente, os resultados apresentados já dão sinais claros de que os nossos esforços não foram em vão”, disse ao Jornal Económico Duarte d´Orey.
“Este resultado, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, reflete bem os resultados da profunda reestruturação feita em 2016 com os objetivos de desalavancar o balanço vendendo ativos não core, reduzindo dívida e respetivo custo, e de melhoria de resultados operacionais através de uma forte redução de custos por um lado e de um crescimento das receitas operacionais por outro”, diz o presidente da Orey Antunes.
A empresa que em 2016 teve prejuízos de 12,8 milhões de prejuízos em 2016, começa 2017 com resultados líquidos positivos. O resultado operacional subiu 13,24% para 1,766 milhões de euros.
A Orey destaca a melhoria do rendimento operacional em 3% apesar da redução significativa do rendimento dos ativos no Brasil quando comparada com o primeiro trimestre de 2016; a redução global de custos de estrutura em 31% (dos quais 30% a redução de custos com pessoal) resultado da reestruturação feita “o que conduziu a um melhor resultado operacional”. Sendo a redução dos custos a principal justificação para a melhoria operacional.
As receitas subiram 19% para 20 milhões de euros, apesar de uma queda das comissões e da margem financeira de 29%.
A empresa apresentou no entanto uma queda significativa dos resultados não operacionais. Passou de 1.542 mil euros em março de 2016 para um prejuízo de 362 mil euros em março de 2017.
A sociedade liderada por Duarte d´Orey justifica essa queda com o facto de o resultado do ano passado incluir uma mais valia de 1,1 milhões de euros da venda de 40% da CMA-CGM (ao armador francês com quem a Orey tinha uma parceria 60%/40%).
E ainda do resultado por equivalência patrimonial na participação no Banco Inversis que deixou de contar neste trimestre. Um lucro, apropriado por equivalência patrimonial, em março de 2016, por conta dos 50% que a Orey tinha neste Banco, de cerca de 500 mil euros.
O EBITDA caiu 54,74% e a Orey explica que essa queda é devida à redução dos resultados não operacionais.
Os números da Orey beneficiam também de uma redução significativa do custo da dívida. Houve uma queda face a março do ano passado de 60% dos juros pagos com uma poupança de 925 mil euros por “redução significativa de divida bancária”; e “renegociação custo da dívida das obrigações OTLI e Orey Best of”. Na última Assembleia de Obrigacionista a Orey aprovou uma queda dos juros de 3% para 1,5% numa emissão de 30 milhões de euros.
“Os menores resultados não operacionais quase que foram compensados pela melhoria da função financeira atingindo o grupo um resultado antes de impostos de 357 mil euros (31% abaixo do mesmo período do ano passado)”, avança a empresa.
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