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Camião ‘Tour Truck’ da ‘fischer’ passa por Portugal em janeiro de 2018

“Na Europa o mercado é muito diversificado, e o mercado português tem potencial para crescer na fischer, nos setores de DIY (Do It Yourself) e em projetos de construção de infraestruturas”, disse ao Jornal Económico, Alexander Bässler, representante da fischer na Europa.
fischer
11 Julho 2017, 19h06

O fischer Truck on Tour é um centro móvel de treino, exposição, permitindo ao mesmo tempo que todos os produtos DIY da marca alemã sejam testados.

O camião tem 100 metros quadrados, divididos em dois pisos. Ao todo são 16,5 metros de comprimento, 7,8 metros de largura e 6,25 metros de altura, e demora cerca de 3 horas a ser montado por apenas uma pessoa.

A ideia da fischer é aproximar os clientes dos produtos DIY, uma grande aposta da marca, e também para melhorar o setor dos serviços. O camião foi inaugurado o ano passado, onde viajou pela Alemanha, mas é já a partir de outubro deste ano que o Tour Truck vai “passear” pela Europa. Ainda este ano vai passar pela Áustria, em agosto regressa a Alemanha. Em setembro arranca para a República Checa, depois passa por Itália, Eslovénia e em janeiro de 2018 estará em Portugal.

O camião está dividido em dois pisos. O de baixo conta com equipamentos necessários para que se possam fazer exercícios práticos e experimentar na primeira pessoa os sistemas de fixação, por exemplo. Neste piso encontra-se ainda uma cozinha para que esteja à disposição cafés e snacks. Já o segundo piso é constituído por uma televisão e cadeiras, espaço destinado a formações.

Apesar da faturação nos locais por onde o camião passa tem aumentado bastante, Wolfgang Pott, diretor de Divisão Comunicação Empresarial da fischer disse ao Jornal Económico que, no entanto, não consegue comprovar que esses bons resultados são consequência do veículo.

Durante um ano este camião esteve a viajar por toda a Alemanha, e devido ao resultado eficaz e à grande requisição do mesmo, vai estar a percorrer as estradas da Europa (países), incluindo Portugal.

Segundo Alexander Bässler, responsável da fischer na Europa, desde a conceção do camião até à sua construção foi investido cerca de um milhão de euros.

A fischer

É no norte da Floresta Negra, em Waldachtal – Tumlinger, na Alemanha, que foi fundada uma empresa dita “familiar”, que faturou em 2016 cerca de 755 milhões de euros, mais 44 milhões do que ano anterior. Com 4.600 funcionários espalhados por todo o mundo, a fischer está representada com 46 empresas em 34 países e exporta para mais de 100. As quatro áreas de negócio são: sistemas de fixação fischer, fischer automotive systems, fischertechnik e fischer Consulting.

As receitas da fischer passam 75% pela venda de sistemas de fixação. Por dia são vendidos 14,6 milhões destes sistemas, que tanto podem ser de aço (16%), fixações químicas (24%) ou de plástico (25%).

A Alemanha, Itália, Noruega e a Suécia são os países que mais compram produtos sustentáveis, que podem ser encontrados na fischer como a gama greenline, produzidos com mais de 50% de matérias-primas renováveis.

Das três fábricas da fischer no sul da Alemanha (sistemas de fixação de nylon e aço, automotive systems e sistemas de fixação químicos ) todas elas trabalham com três turnos, ou seja, produzem durante 24 horas.

A fischer em Portugal

Bässler trabalha na fischer há 15 anos e foi head of sales na Ásia, tendo-se fixado em Beijing, posteriormente mudou-se para a Austrália. A partir de fevereiro deste ano está a trabalhar com os mercados europeus. “Na Europa o mercado é muito diversificado, e o mercado português tem potencial para crescer na fischer, nos setores de DIY (Do It Yourself) e em projetos de construção de infraestruturas”, disse ao Jornal Económico. Neste momento a abordagem e as técnicas aplicadas no país são as corretas, segundo o alemão, “no entanto é preciso continuar para aumentar as vendas.”

Portugal representa uma fatia pequena das vendas totais da fischer. , e esse fator pode ser provado pelo facto de o país ter apenas distribuição e não uma fábrica, e pela equipa da fischer portuguesa ser constituída por 10 pessoas, como disse ao Jornal Económico João Fernandes, diretor-geral da fischer Portugal.

“As vendes em Portugal estão a crescer muito bem mas queremos sobretudo construir a confiança dos consumidores na marca em geral”, disse Alexander Bässler. “As raízes da fischer estão aqui, na Alemanhã, no meio da Floresta Negra, no entanto a ponte entre a sede e o mercado é essencial para o sucesso e por isso planeio estar muito presente em Portugal”, admitiu o alemão.

João Fernandes ingressou na equipa da fischer há dois anos e ocupou o cargo de diretor-geral em Portugal. Quando em 2015 se deparou com a tarefa de aumentar as vendas no país, reparou que os produtos da fischer vendidos em Portugal não estavam adequados ao mercado português. “Quando cheguei à fischer estávamos ainda com a gestão espanhola e apenas 75% dos produtos estavam a ser vendidos de forma correta”, disse João ao Jornal Económico.

Posteriormente foi feita uma separação entre e gestão de Portugal e Espanha, e um aumento de financiamento na ordem de um milhão de euros, para os próximos três anos. Este facto fez com que “sobre 2015 foi registado um aumento de vendas de 70%, e cerca de 48% sobre 2016.” Está previsto que as vendas no país lusitano cheguem aos três milhões de euros este ano.

Em Portugal, a fischer particiou em alguns projetos de grande escala, como as obras de manutenção da Ponte 25 de abril, a construção do Túnel do Marão, o shopping IKEA, em Loulé, e a Barragem Belver, em Santarém. A empresa encontra-se ainda em forte aposta em Angola e Moçambique, dois países que se representam hoje uma porta para potenciais parceiros comerciais locais.

 

A jornalista viajou a convite da empresa.

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