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O que se passa na UE? Há mais emprego mas jovens têm mais dificuldade em encontrar trabalho

Atualmente a União Europeia (UE) conta com mais de 234 milhões de pessoas empregadas, dos quais 10 milhões de postos de trabalho foram criados desde 2013.
17 Julho 2017, 17h42

Na Europa, o emprego sobe significativamente ao passo que o desemprego regista o seu nível mais baixo desde 2008, confirma, esta segunda-feira, a Comissão Europeia, no seu relatório sobre a Análise Anual do Emprego e da Situação Social na Europa.

Atualmente a União Europeia (UE) conta com mais de 234 milhões de pessoas empregadas, dos quais 10 milhões de postos de trabalho foram criados desde 2013.

“O exercício de análise anual demonstra, mais uma vez, que estamos numa trajetória firme de mais emprego e crescimento”, afirma Marianne Thyssen, Comissária responsável pelo Emprego, Assuntos Sociais, Competências e Mobilidade dos Trabalhadores.

Contudo, o documento salienta que, apesar das tendências positivas no mercado de trabalho e do crescimento económico continuado, as gerações mais jovens têm maiores dificuldades para encontrar trabalho, encontram-se mais expostas a formas atípicas de emprego, incluíndo os contratos temporários, e ainda estão sujeitos a pensões baixas.

Face a esta realidade, o documento de análise deste ano coloca a tónica na equidade intergeracional, sendo essencial assegurar que as atuais tendências económicas favoráveis se repercutem de forma positiva em todas as gerações.

“Os jovens de hoje e os seus filhos poderão conhecer uma situação menos favorável do que a que os seus pais viveram. Não é isso que queremos e, como tal, há que agir rapidamente. Com o Pilar Europeu dos Direitos Sociais, queremos preservar e melhorar os nossos modelos sociais e as condições de vida para as gerações futuras”.

Contudo, é notável que os jovens têm vindo cada vez menos a desfrutar destas melhorias consistentes, comparativamente às gerações mais antigas. Também a quota-parte dos jovens nos rendimentos do trabalho tem vindo a diminuir ao longo do tempo.

“Estes desafios influenciam as decisões dos jovens de construir família, ter filhos e comprar casa, podendo também surtir efeitos negativos nas taxas de fertilidade e, consequentemente, na sustentabilidade dos regimes de pensões e no crescimento”, pode ler-se no relatório.

Segundo as previsões, a população ativa tende a diminuir 0,3% por ano, até 2060, o que implica que a atual trajetória de crescimento terá de ser garantida por uma mão de obra menos numerosa e os sistemas de pensões serão alimentados por menos contribuintes.

 

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