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Moscovici: “Estou impressionado com a economia portuguesa”

Comissário europeu antecipa que Portugal cresça mais de 2,5% este ano. Bruxelas não irá propor novas medidas que vão contra o crescimento e o emprego.
18 Julho 2017, 11h26

O comissário europeu dos Assuntos Económicos alertou hoje que Portugal deve prosseguir os esforços de redução do défice público mas garantiu que Bruxelas não irá propor novas medidas que penalizem o crescimento e o emprego. Pierre Moscovici manifestou-se “surpreendido” e “otimista” com a recuperação económica do país, antecipando que o PIB cresça acima de 2,5% este ano.

Moscovici está hoje em Lisboa para encontros com o governador do Banco de Portugal e o primeiro-ministro. Numa conferência de imprensa, o comissário destacou a evolução económica e orçamental do país, que está “no caminho certo”.

“O crescimento provavelmente será superior a 2,5%. O desafio, no devido tempo, é transformar esta recuperação em crescimento sustentável”, afirmou.

O responsável sublinhou o bom desempenho do turismo, das exportações e do investimento. Com a zona euro também a recuperar, o desempenho português tem também apoio na frente externa, defendeu.

“Estou impressionado. A economia portuguesa está sólida”, afirmou o responsável europeu. No campo orçamental, Moscovici considera que o esforço dos portugueses na redução do défice “deu frutos”, mas que esse “esse esforço tem de prosseguir”. Portugal deve reduzir não apenas o défice nominal mas também o estrutural.

Já há discussões de Bruxelas com as autoridades portuguesas quanto à elaboração do Orçamento do Estado para 2018 e o comissário de que “estão no caminho certo”.

Questionado sobre a avaliação de Bruxelas sobre as medidas orçamentais previstas pelo Governo para 2018, Moscovici foi taxativo: “Uma coisa podem ter certeza. O papel da comissão é proteger o emprego e o caimento, nunca proporemos uma política que vá contra crescimento e o emprego”.

A comissão utilizará assim a “margem” de apreciação política do esboço do OE2018 a apresentar por Portugal. “Há maneira de combinar o respeito pelas regras e o crescimento”, disse, sublinhado a necessidade de uma leitura “inteligente” e “flexível” dos tratados europeus. “Já o mostrámos no passado. Vamos continuar esse caminho”, concluiu.

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