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Sanções à Venezuela: Governo nega falta de consenso com a União Europeia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros assegura que a União Europeia e Portugal “têm feito tudo o que está ao seu alcance para favorecer uma solução política inclusiva na Venezuela” e nega as informações avançadas pelo jornal espanhol ‘El País’.
19 Julho 2017, 14h23

O Executivo socialista negou esta quarta-feira a notícia avançada pelo jornal espanhol ‘El País’ que dava conta de que Portugal era o único país da União Europeia (UE) a discordar da aplicação de sanções à Venezuela, caso o presidente Nicolás Maduro decida avançar com a convocação de uma nova Assembleia Constituinte. Ao jornal ‘Público’, o Ministério dos Negócios Estrangeiros garantiu que a informação “não é verdadeira” e que essa questão ainda não foi discutida.

“Portugal não se opôs, no seio da União Europeia, à aplicação de sanções à Venezuela, pela simples razão de que essa questão não foi ainda discutida entre os Estados-membros da UE”, afirma o gabinete do ministro Augusto Santos Silva. “Portugal tem participado ativamente na formação do consenso necessário à definição da posição da União Europeia sobre a Venezuela”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros assegura que “a União Europeia, e com ela Portugal, têm feito tudo o que está ao seu alcance para favorecer uma solução política inclusiva na Venezuela, respeitadora do Estado de Direito, do pluralismo político e do princípio de resolução pacífica dos diferendos”.

O jornal espanhol indicava que Portugal foi o único dos 28 Estados-membros da UE a estar “claramente contra” a proposta de avançar com sanções ao regime de Nicolás Maduro. A alta representante da UE para a política externa, Federica Mogherini, aconselha Nicolás Maduro a desistir da ideia de reforçar os seus poderes políticos e admite que em cima da mesa está a hipótese de “sanções específicas, individuais, seletivas”.

O presidente venezuelano já fez saber que “a Venezuela não é uma colónia da União Europeia” e não deve vergar-se perante ela.

No domingo, mais de sete milhões de venezuelanos votaram no referendo sobre ao decreto presidencial de convocar para a Assembleia Nacional, que exerce o poder legislativo na Venezuela, para dia 30 de julho. Cerca de 98% dos participantes na consulta pública rejeitaram a proposta do Governo.

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