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Dunkirk: A guerra pela lente de Christopher Nolan

Os fãs de Christopher Nolan podem dormir mais descansados. A mais recente obra do cineasta, “Dunkirk”, chegou esta quinta-feira às salas de cinema – uma estreia muito aguardada.
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21 Julho 2017, 11h40

O realizador de “Interstellar”, de “A Origem” e da trilogia “O Cavaleiro das Trevas” filmou o épico salvamento de Dunquerque, no início da Segunda Guerra mundial, em que as forças aliadas conseguiram resgatar milhares de soldados cercados pelos nazis.

“Como acontece com muitos britânicos, Dunkirk é uma história com a qual cresci na sua forma mítica, quase como um conto de fadas”, escreveu Nolan num artigo para o Telegraph, onde revela as difíceis condições que encontrou para filmar, com milhares de figurantes numa praia, ou as imprevisíveis condições meteorológicas do Mar do Norte.

“Dunkirk” começa com o cerco das centenas de milhares de tropas britânicas e aliadas por tropas inimigas, encurraladas na praia, de costas para o mar. As condições meteorológicas, sempre em mutação, foram a principal complicação da rodagem. O diretor de fotografia, Hoyte Van Hoytema, descreveu os pormenores à imprensa. “O Mar do Norte naquela parte de França está muito nublado, com nuvens baixas e em constante mudança. Num momento, o sol pode rasgar as nuvens e, no momento seguinte termos névoa cerrada. É um sistema climático muito dinâmico”.
O elenco conta com Tom Hardy e Cilian Murphy, escolhas habituais de Nolan, e nomes como Mark Rylance, Fionn Whitehead, Tom Glynn-Carney, Jack Lowden, Harry Styles, Aneurin Banard, James D’Arcy e Kenneth Branagh.
Nolan realizou o filme a partir do seu próprio argumento, utilizando a tecnologia IMAX. O filme é produzido por Emma Thomas e Nolan, tendo Jake Myers como produtor executivo. A música tem a assinatura de Hans Zimmer, que já tinha composto as asfixiantes bandas sonoras de “Interstellar” e “A Origem”. O filme foi rodado em França, na Holanda, no Reino Unido e EUA (Los Angeles). Distribuído mundialmente pela Warner Bros Pictures, “Dunkirk” passa em Portugal nos formatos 2D e IMAX.

Apesar de ser um filme histórico, o trepidante estilo de Nolan não foi esquecido. No artigo para o Telegraph, o realizador revela os argumentos que utilizou para convencer os executivos da Warner Bros a fazer o filme: “Vamos pôr o público no cockpit de um Spitfire a combater nos Messerschmitts. Vamos pô-los na praia, a sentir a areia chegar de todos os lados, confrontando as ondas. Vamos colocá-los em pequenos barcos civis e a saltar nas ondas, numa enorme viagem em direção a uma terrível zona de guerra. É a realidade virtual sem o phone de ouvido”, explica Nolan no artigo que escreveu para o Telegraph.

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