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Portugal vai retomar vacinação com a AstraZeneca

O processo de administração deste fármaco será retomado no país a partir de segunda-feira. A decisão, tomada também por países como Itália, França, Letónia e Lituânia, surge depois da confirmação da Agência Europeia do Medicamento de que é “segura e eficaz”.
18 Março 2021, 19h00

Portugal vai retomar na segunda-feira o processo de vacinação com a vacina da AstraZeneca, anunciou esta quinta-feira o coordenador da task force, Henrique Gouveia e Melo. A confirmação segue-se à conferência de imprensa da Agência Europeia do Medicamento (EMA), na qual o regulador europeu reiterou a confiança neste fármaco contra a Covid-19, considerando-o “segura” e “eficaz”.

O adiamento fez com que 120 mil pessoas não fossem vacinadas. “Vamos retomar o plano, acelerando, e recuperando o atraso que foi feito com estes quatro ou cinco dias parados, sem vacina da AstraZeneca”, referiu o vice-almirante, em conferência de imprensa. “Relativamente ao número de vacinas que a AstraZeneca tinha previsto para o segundo trimestre, eram cerca de 4,4 milhões e foram reduzidas para 1,5 milhões de vacinas”, adiantou, em declarações aos jornalistas.

O anúncio depois de mais de uma dúzia de países da União Europeia (UE) ter decidido suspender a administração do fármaco da AstraZeneca, que foi desenvolvida com a Universidade de Oxford, após relatos de coágulos sanguíneos. De acordo com Sabine Strauss, presidente do comité de segurança farmacêutica da EMA, foram reportados sete casos de coagulação intravascular disseminada e 18 de trombose venosa cerebral no universo quase 20 milhões de pessoas vacinadas.

“Também foi referido que não está a vacina associada ao aumento geral do risco de coágulos sanguíneos na sua administração. Estas conclusões foram muito claras no relatório”, reafirmou o presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo.

Os professores e profissionais não-docentes das escolas serão vacinados no fim de semana de 27 e 28 de março.

A Direção-Geral de Saúde e o Infarmed decidiram na segunda-feira suspender a vacina como medida preventiva. Questionada sobre se a política sobrepôs-se à ciência aquando da suspensão, Graça Freitas defendeu hoje que “foi uma decisão de saúde pública”.

Se lhe for oferecida uma vacina, seja qual for a marca, deve aceitá-la. O risco de ter doença grave, internamento e, indesejavelmente morte, é muito superior. Quando as autoridades portuguesas põem uma vacina no mercado, à disponibilidade dos cidadãos, é porque a vacina tem características de segurança, eficácia e qualidade – Graça Freitas

No ínicio da próxima semana, Portugal junta-se ao grupo de Estados-membros onde se encontra Itália, França, Letónia e Lituânia, que retomaram o processo, na sequência da decisão do supervisor europeu. Segundo o jornal transalpino “La Repubblica”, o governo italiano irá retomar a vacinação com esta vacina. “A prioridade do governo mantém-se em dar o maior número de vacinas no menor tempo possível“, disse o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.

Notícia atualizada

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