A China está a preparar-se para um eventual cenário de guerra com a Coreia do Norte. À medida em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensifica o seu discurso contra o programa nuclear norte-coreano e o regime de Pyongyang responde com novas ameaças nucleares, Pequim insiste em reforçar a defesa da sua fronteira com a Coreia do Norte para não deixar que “as chamas da guerra ardam para a China”.
“O tempo está a acabar”, avisa Wang Haiyun, um general chinês, ao jornal norte-americano ‘Wall Street Journal’. “Se a guerra irromper, a China deve, sem hesitação, ocupar as partes do norte da Coreia do Norte, assumir o controlo das instalações nucleares norte-coreanas e demarcar áreas seguras para parar uma onda de refugiados e soldados dispensados que entram no nordeste da China”.
Para a linha de defesa da fronteira de 1.416 quilómetros, que o país partilha com a vizinha Coreia do Norte, foram mobilizados armamento e drones para sobrevoarem a zona pelo ar. As forças especiais estão a receber treinos militares e o regime de Xi Jinping quer que a fronteira seja vigiada permanentemente 24 horas por dia. Para prevenir explosões nucleares, ou mesmo químicas, estão também a ser criados em zonas próximas da fronteira caves, para que a população chinesa se possa refugiar.
O jornal norte-americano escreve que a segurança está a ser reforçada desde o ano passado, embora o Ministério da Defesa chinês não confirme se as medidas estão ou não relacionadas com a Coreia do Norte. O regime de Xi Jinping nega que as tropas estejam a ser mobilizadas para a fronteira e reafrima que mantem “um estado normal de prontidão e treinamento de combate”.
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