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Banqueiros do Goldman Sachs pedem redução da carga horária semanal

Perante estas queixas, o gigante de Wall Street fez algumas alterações, entre elas está a decisão de, de acordo com fontes próximas do banco, deixar cair alguns negócios de forma a reduzir a pressão sobre os seus colaboradores.
19 Março 2021, 10h07

Os banqueiros do Goldman Sachs apresentaram um conjunto de lamentações dos recém-contratados que pediram ao banco para limitar a carga de trabalho a um máximo de 80 horas. Entre uma carga horária atual de 100 horas semanais, os signatários dão conta ainda de uma condição mental e física em declínio e fortes probabilidades de abandonar um cargo no banco mais cedo do que previsto.

De acordo com a notícia avançada pela “Bloomberg”, esta sexta-feira, as reclamações apuradas num inquérito já foram comunicadas à gerência que se prepara para adotar novas medidas no futuro, incluindo abdicar de alguns negócios para ajudar a diminuir a carga de trabalho.

Wall Street é há muito a indústria preferida daqueles que conseguem tolerar longas horas de trabalho, porém, as queixas de dificuldades em conjugar a vida pessoal com a profissional, devido à elevada carga horária, têm vindo a ganhar mais relevância à medida que os novos gestores e executivos seniores do sector avançam com novos recrutamentos e estratégias de retenção de talento.

“Reconhecemos que nosso pessoal está muito ocupado, porque os negócios estão fortes e os volumes estão em níveis históricos”, disse Nicole Sharp, porta-voz do Goldman Sachs à agência. “Depois de um ano de Covid-19, as pessoas estão compreensivelmente sobrecarregadas e é por isso que estamos a ouvir as suas preocupações e a tomar várias medidas para resolvê-las”, garantiu.

Nas conclusões do inquérito, os analistas sugerir apresentaram um conjunto de soluções para o banco, como adotar um regime de 80 horas de trabalho semanais e evitar pedir alterações de última hora em apresentações para reuniões com clientes.

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