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Prazer, desejo e sentimento de culpa: Haverá cura para um vício chamado Facebook?

Investigadores da Universidade de Michigan, nos EUA, concluem que o vício desta rede social deve-se a uma combinação infalível. Mas, haverá cura?
4 Agosto 2017, 19h12

Ao acedermos ao Facebook, sentimos uma sensação de “prazer” que influencia o “desejo” de voltar a visitar a página. Esta é a explicação dada por Allison Eden, investigadora e professora do departamento de Comunicação da Universidade de Michigan, nos EUA, citada pelo Independent, acrescentando que a exposição ao Facebook trata-se de uma resposta aprendida, difícil de contrariar.

“As pessoas estão habituadas a esse sentimento de recompensa quando entram no Facebook. O que mostramos com este estudo é que mesmo algo tão simples como o logótipo da página, ver o mural de um amigo ou fazer scroll no feed de notícias, é o suficiente para esta associação positiva voltar”, esclareceu.

Esta afirmação vem no âmbito de um estudo realizado, onde vários participantes foram expostos a uma imagem relacionada com o Facebook seguida de um símbolo chinês. Foi-lhes questionado se consideravam a imagem agradável ou não, ao que a maioria dos utilizadores que mais frequentam esta rede social afirmou que sim.

Depois, foi-lhes solicitado que respondessem a um questionário, onde seria analisado o grau de dependência desta rede social, concluindo que, devido ao desejo de voltar a entrar na plataforma, os utilizadores lutam contra sentimentos de culpa, acabando por voltar a aceder ao Facebook. Segundo a investigadora, esta é uma falha no ciclo de autorregulação.

Mas terá esta “adição” cura? De acordo com a mesma responsável, sim. É preciso remover itens que nos lembrem a rede social, nomeadamente o ícone da aplicação no ecrã inicial do dispositivo móvel. “A regulação do acesso aos media, incluindo as redes sociais, é onde as pessoas falham mais. Tentam regular o acesso e realmente têm dificuldades em o conseguir fazer”, conclui.

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