A empresa DTTM Operations LLC realizou, na semana passada, quatro registos da marca Trump em Macau que, de acordo com o analista Ben Lee, revela uma utilização do cargo para agilizar o registo de patentes pendentes em diversos países, entre eles a China, ao passo que o analista de jogo da consultora IGamix desvaloriza a situação, uma vez que é comum na região. Segundo a agência de notícias, as diversas finalidades dos registos passam por serviços de jogo e casinos, serviços de hotel, restaurantes e imobiliário.
“Não acho que seja muito significativa esta decisão de registar o nome da marca em Macau. Acredito que está a olhar para todo o mundo e está a usar o facto de estar neste cargo para acelerar o patenteamento dos direitos de autor da sua marca em todo o mundo, em diferentes jurisdições”, disse à Lusa.
O analista, que não considera esta estratégia uma tentativa de entrada no mercado de jogo de Macau, após expiração das atuais licenças de concessão, entre 2020 e 2022, afirmou, ainda, que a utilização do cargo surte efeito na China, que “tem sido sempre muito lenta a aprovar registos de marca”. “Vimos que assim que Trump tomou posse, a China imediatamente aprovou 30 e tal candidaturas que estavam pendentes há muito, muito tempo”, frisou.
Apesar de ainda ser desconhecido um calendário de revisão das licenças de jogo e de ainda não ser definitiva a decisão de manter o mesmo modelo de concessões, o magnata norte-americano poderá querer fazê-lo. “Coisas mais estranhas já aconteceram (…) Há a probabilidade de novas concessões em Macau. Se ele ficar no poder a probabilidade [de obter uma concessão é muito maior do que se não estiver”, cita o analista à Lusa, salientando que a China “sabe o que está a fazer” sobre a aprovação das”candidaturas [de registo de marcas]”.
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