No rio Ceira, na zona do Cabouco, em Coimbra, foi constatado pelo Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR de Coimbra, “uma grande quantidade de peixes mortos”, segundo avançou à Lusa fonte da GNR, acrescentando que na origem da morte dos peixes podem estar as cinzas causadas pelo incêndio lavrado na zona, escorridas para o rio depois do temporal de segunda-feira.
Até ao momento foram recolhidos 520 quilos de peixe morto, colocados em aterro, por funcionários da Câmara Municipal de Coimbra. O “pessoal envolvido foi ainda forçado a utilizar máscaras devido ao cheiro nauseabundo”, segundo informou a Câmara em comunicado enviado à agência de notícias, onde foi referido, ainda, que através do Serviço Municipal de Proteção Civil, foi solicitado à EDP que abrisse com urgência as comportas da barragem do Alto Ceira.
E frisou: “A descarga em contínuo de caudal possível não só seria benéfica ao nível da renovação da água, contribuindo para eliminar os agentes que estão a provocar a morte dos peixes e salvando a vida dos espécimes que possam estar em risco, como contribuiria para arrastar para jusante os que agora se encontram, em putrefação, a boiar no rio”.
A ocorrência trata-se, no parecer da Câmara, de “um verdadeiro problema ambiental e de saúde pública junto às povoações ribeirinhas com possíveis graves consequências ao nível da captação e da distribuição de água para consumo humano”.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a GNR/SEPNA, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a delegação de saúde de Coimbra já foram avisadas do sucedido, assim como foram requeridas análises à qualidade da água do rio “para garantia das suas características e, consequentemente, de fornecimento e da saúde dos cidadãos, além da determinação dos fatores que originaram esta situação”, relatou o município no comunicado.
A recolha dos peixes mortos vai continuar este sábado, em Cabouco, Boiça e Tapada, conclui a Câmara de Coimbra.
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