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Passos desafia ministro da Defesa a esclarecer afirmações sobre “relatório fabricado”

Líder do PSD acusa ministro da Defesa de não prestar esclarecimentos há mais de dois meses em relação a Tancos, desafiando o ministro a explicar as afirmações de que o documento do jornal Expresso é fabricado e com objetivos políticos.
25 Setembro 2017, 18h25

Pedro Passos Coelho, líder do PSD, desafiou hoje o ministro da Defesa a esclarecer as afirmações de que o documento revelado pelo jornal Expresso seria fabricado e com objetivos políticos. O antigo primeiro-ministro considera que a gestão deste caso foi “desastrada e desastrosa”, revela a agência Lusa.

Quando questionado acerca das declarações de Azeredo Lopes, em que admitiu que o que o noticiado relatório dos serviços de informações militares sobre o furto de armamento da base de Tancos tenha sido fabricado e que possam existir “objetivos políticos” na sua divulgação, Pedro Passos Coelho afirma que “quando se diz que alguma coisa é fabricada e tem propósitos políticos, a primeira interpretação é que alguém, maldosamente no espaço político está a querer criar embaraços políticos ao Governo, não vejo quem possa ser, mas cabe ao ministro esclarecer”. Pedro Passos Coelho reforça que é António Costa que deve avaliar se Azeredo Lopes tem condições, ou não, para se manter no cargo.

Em relação à possível responsabilização do PSD, imputada pelo ministro da Defesa, Passos não comenta, salientando apenas que “se oGoverno está com essas declarações a querer responsabilizar o PSD isso será não só ridículo, mas a completa falta de senso político nesta matéria”.

“Nós não fazemos insinuações ou sugestões, há responsabilidade do Governo que não está a ser tomada. O Governo tem sido desastroso e desastrado a gerir esta matéria”, acusou.

Quanto à atitude do Presidente da República, o antigo primeiro-ministro diz que Marcelo Rebelo de Sousa “vem seguindo esta situação com muita atenção” e não é necessário sensibilizá-lo para a sua gravidade.

A acusação do líder do PSD dirige-se ao ministro da Defesa, que não oferece esclarecimentos em relação a Tancos há mais de dois meses.

“Das duas uma, ou não os tem ou não os procurou, mas aquilo que são declarações públicas que o ministro vem fazendo sobre esta matéria ajudam a criar ainda mais dúvidas e incertezas”, lamentou.

 

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