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Lava-Jato: Ex-gerente da Petrobras é condenado a mais de 14 anos de prisão

Juiz diz que Gonçalves recebeu 12,8 milhões de reais da Odebrecht e da UTC em contratos para obras no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).
25 Setembro 2017, 20h55

O ex-gerente da Petrobras Roberto Gonçalves foi condenado a 15 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A sentença foi publicada hoje pelo juiz Sérgio Moro, no processo da Operação Lava Jato.

Moro afirma que Gonçalves recebeu 12,8 milhões de reais da Odebrecht e da UTC em contratos para obras no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). O crime ocorreu, segundo a sentença, quando era engenheiro da petrolífera.

A sentença realça o fato de que Gonçalves admitiu no depoimento ter recebido suborno das empreiteiras citadas na denúncia. Na época, um dos representantes do MPF perguntou: “Então, se eu estou entendendo, o senhor confessa que recebeu esses valores tanto da Odebrecht quanto da UTC?”. O ex-gerente respondeu: “Ao mesmo tempo que eu confesso que não fiz qualquer ato ou omissão para isso”.

Roberto Gonçalves ficou proibido de ocupar cargos no setor público durante 30 anos e deverá pagar uma multa de cerca de 1,24 milhões de reais, estipulada por Moro na soma dos três crimes praticados.

O ex-gerente da Petrobras está preso desde março no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

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