A real integração das tecnologias nas economias de Portugal tem um impacto significativo na produtividade e no crescimento anual do PIB, segundo o estudo da Accenture Strategy com a Oxford Economics, sobre o Índice de Densidade Digital (IDD), divulgado esta quarta-feira.
Portugal está entre as 25 primeiras economias do mundo analisadas pelo estudo, numa posição superior quando comparado com o PIB dos restantes países analisados.
“O papel das tecnologias digitais está a mudar – deixou de ser fundamentalmente de ganhos de eficiência para servir de base à inovação e disrupção em estreita relação com a estratégia de negócio. As barreiras existentes entre as indústrias estão a ser quebradas e as empresas dominantes a ser desafiadas ou até ultrapassadas por novos modelos de negócio, alavancados em tecnologias digitais”, disse Luís Pedro Duarte, vice-presidente da Accenture e responsável pelo estudo.
O estudo da Accenture Strategy identifica as três áreas onde defende que a intervenção deve ser prioritária: na duplicação do peso dos especialistas de tecnologia na força de trabalho, de 2,5% para 5%, a proporção do investimento anual das empresas em analytics e em soluções de cloud devem aumentar em 35% e 250% e incremento de aceleradores.
As competências tecnológicas digitais dominam a lista das mais procuradas pelas empresas, contudo, “o número de novos alunos formados pelas universidades nestas áreas não chega para responder aos empresários portugueses”, diz.
O estudo adverte que “é crítico que Portugal ponha em marcha ações de capacitação digital” tais como “adotar modelos de recrutamento flexíveis, exemplo a aquisição de competências através da atração de recursos internacionais” e “fomentar a reconversão de perfis para o digital, por exemplo a criação de programas universitários específicos para pessoas com experiência”.
“A velocidade de mudança é cada vez mais rápida e toda esta transformação requer uma reflexão sobre os impactos, não só nas organizações, como na sociedade e na economia”, diz Luís Pedro Duarte, acrescentando que “a solução nacional está na proatividade em inovar e evoluir a um ritmo superior, e na preparação das empresas para fazerem parte de um novo ecossistema: entre parceiros internacionais e de outras indústrias, startups e universidades”.
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