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Rússia é o novo fornecedor de Internet à Coreia do Norte

A Rússia vai passar a fornecer Internet à Coreia do Norte, dando aos habitantes deste país um segundo acesso à World Wide Web e retirando o monopólio à empresa estatal chinesa China United Network Communications.
2 Outubro 2017, 13h17

A Coreia do Norte passou a ter um novo acesso à Internet. Segundo adianta a Bloomberg, citando a empresa da cibersegurança FireEye, a companhia estatal russa TransTeleCom é o segundo fornecedor de Internet àquele país, que até agora dependia da empresa estatal chinesa China United Network Communications para aceder à World Wide Web.

Esta notícia chega numa altura em que a China – principal suporte financeiro do regime de Kim Jong Un – está sob intensa pressão dos EUA para ajudar a pôr fim ao programa nuclear norte-coreano. No passado sábado, o Washington Post anunciava que o Ciber Comando dos EUA terá visado a agência de espionagem cibernética da Coreia do Norte com uma barragem de tráfego, que limitou o acesso do país à Internet.

“Ter um acesso adicional através da Rússia dá à Coreia do Norte mais opções acerca da forma como podem operar e reduz a possibilidade de os EUA pressionarem a China para fechar o acesso à Internet, afirma Bryce Boland, principal responsável tecnológico da FireEye, à Bloomberg. O responsável acrescenta que, para a Rússia, esta nova porta de acesso à Internet oferece “a possibilidade de aceder ao tráfego da Coreia do Norte, o que ajuda a perceber o que está o regime a preparar”.

A empresa afirma que a nova ligação pode ter mais que duplicado a largura de banda da Coreia do Norte, numa altura em que o regime aposta na Bitcoin e em outras criptomoedas para contornar sanções comerciais impostas.

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