A cerimónia de entrega dos Troféus CCILF contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que, neste contexto, veio sublinhar o peso das relações comerciais entre os dois países, que entende serem de “grande parceria e cooperação mútua”. Em seu entender, Portugal atribui uma grande importância às relações económicas com a França, país que desempenha, neste momento, um “papel essencial” no fortalecimento da economia portuguesa e que ocupa também um lugar de destaque em matéria de investimento.
Recordando que o crescimento do PIB em Portugal atingiu os 2,8% no 1.º semestre de 2017, o maior dos últimos 16 anos, Caldeira Cabral afirmou que a aceleração da economia está a resultar da combinação do aumento da procura interna, através da aceleração do consumo e do investimento, e do aumento da procura externa, através do crescimento das exportações portuguesas.
Particularmente na área de investimento, o nosso país tem vindo a receber projetos de peso, protagonizados por países como Espanha, Alemanha, França, EUA ou Japão. E estes traduzem-se em negócios nos setores da indústria automóvel, máquinas, imobiliário, turismo. Da Alemanha (Bosch, Siemens, Volkswagen), França (Altice, BNP Paribas, Thales, Lauak, Grupo PSA, Faurecia, Mecachrome), China, Tailândia, Brasil (Embraer, imobiliário). O investimento é sinal de confiança no país.
Especificamente sobre a presença de agentes económicos franceses em Portugal, que considera ser “forte e diversificada”, o ministro salientou que já são perto de 700 empresas e que empregam mais de 50 mil trabalhadores, gerando um volume de negócios anual de cerca de 12 mil milhões de euros. Um montante que coloca a França no Top 5 do ranking de investidores estrangeiros em Portugal. “Existem bons motivos para investir em Portugal, tais como recursos humanos qualificados e motivados, aliados à qualidade das infraestruturas de transportes e comunicações e da rede logística; localização geográfica estratégica de centralidade e ligações diretas à Europa, entre outros”, reforçou.
Em sentido oposto, ou seja, sobre o número de empresas portuguesas que investem em França, sobretudo em setores como o vestuário, construções metálicas ou tecnologias de informação e comunicação, o governante salientou que tem vindo a aumentar de forma sustentada nos últimos anos e garantiu que o Governo português pretende consolidar a presença das empresas francesas em Portugal, mas também a das portuguesas em França. “Temos interesse mútuo em reforçar o nosso relacionamento comercial e de investimento, tirando o máximo partido das nossas complementaridades e vantagens económicas. Posso garantir-vos que o Governo continuará totalmente empenhado em colaborar com todas as empresas francesas instaladas, ou que se pretendam instalar, em Portugal, no sentido de garantir o continuado reforço das relações económicas bilaterais”, rematou.
Caldeira Cabral deu ainda relevância ao setor do comércio, tendo em conta que França é o segundo cliente de Portugal desde 2014 e que, no ano passado, o comércio bilateral (de bens e serviços) se elevou a mais de 16 mil milhões de euros; e ainda ao setor do turismo, no qual a França assume a liderança em termos de investimento em Portugal.
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