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Empresas francesas em Portugal geram 12 mil milhões por ano

Manuel Caldeira Cabral considera que, atualmente, França desempenha um papel essencial no fortalecimento da economia portuguesa, ocupando, igualmente, um lugar de destaque em termos de investimento.
Foto cedida
7 Outubro 2017, 18h00

A cerimónia de entrega dos Troféus CCILF contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que, neste contexto, veio sublinhar o peso das relações comerciais entre os dois países, que entende serem de “grande parceria e cooperação mútua”. Em seu entender, Portugal atribui uma grande importância às relações económicas com a França, país que desempenha, neste momento, um “papel essencial” no fortalecimento da economia portuguesa e que ocupa também um lugar de destaque em matéria de investimento.

Recordando que o crescimento do PIB em Portugal atingiu os 2,8% no 1.º semestre de 2017, o maior dos últimos 16 anos, Caldeira Cabral afirmou que a aceleração da economia está a resultar da combinação do aumento da procura interna, através da aceleração do consumo e do investimento, e do aumento da procura externa, através do crescimento das exportações portuguesas.

Particularmente na área de investimento, o nosso país tem vindo a receber projetos de peso, protagonizados por países como Espanha, Alemanha, França, EUA ou Japão. E estes traduzem-se em negócios nos setores da indústria automóvel, máquinas, imobiliário, turismo. Da Alemanha (Bosch, Siemens, Volkswagen), França (Altice, BNP Paribas, Thales, Lauak, Grupo PSA, Faurecia, Mecachrome), China, Tailândia, Brasil (Embraer, imobiliário). O investimento é sinal de confiança no país.

Especificamente sobre a presença de agentes económicos franceses em Portugal, que considera ser “forte e diversificada”, o ministro salientou que já são perto de 700 empresas e que empregam mais de 50 mil trabalhadores, gerando um volume de negócios anual de cerca de 12 mil milhões de euros. Um montante que coloca a França no Top 5 do ranking de investidores estrangeiros em Portugal. “Existem bons motivos para investir em Portugal, tais como recursos humanos qualificados e motivados, aliados à qualidade das infraestruturas de transportes e comunicações e da rede logística; localização geográfica estratégica de centralidade e ligações diretas à Europa, entre outros”, reforçou.

Em sentido oposto, ou seja, sobre o número de empresas portuguesas que investem em França, sobretudo em setores como o vestuário, construções metálicas ou tecnologias de informação e comunicação, o governante salientou que tem vindo a aumentar de forma sustentada nos últimos anos e garantiu que o Governo português pretende consolidar a presença das empresas francesas em Portugal, mas também a das portuguesas em França. “Temos interesse mútuo em reforçar o nosso relacionamento comercial e de investimento, tirando o máximo partido das nossas complementaridades e vantagens económicas. Posso garantir-vos que o Governo continuará totalmente empenhado em colaborar com todas as empresas francesas instaladas, ou que se pretendam instalar, em Portugal, no sentido de garantir o continuado reforço das relações económicas bilaterais”, rematou.

Caldeira Cabral deu ainda relevância ao setor do comércio, tendo em conta que França é o segundo cliente de Portugal desde 2014 e que, no ano passado, o comércio bilateral (de bens e serviços) se elevou a mais de 16 mil milhões de euros; e ainda ao setor do turismo, no qual a França assume a liderança em termos de investimento em Portugal.

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