A Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (FERLAP) denunciou novamente esta segunda-feira um problema “que se arrasta há anos”: as refeições nas escolas públicas. Recorrendo a imagens enviadas por alunos e encarregados de educação, a federação denuncia a falta de qualidade e quantidade nas refeições servidas em três escolas da região, que, numa primeira fase, a FERLAP prefere não identificar, por entender que este é um “problema transversal a toda a região”. No entanto, a TVI24, identifica-as como sendo pertencendo aos concelhos de Oeiras, Amadora e Odivelas e como sendo duas Escolas Básicas 2/3 e uma Escola Secundária. Nas imagens, entre vários exemplos de doses claramente subdimensionadas, pode ver-se um prato com rissóis que não foram fritos.
Isidoro Roque, presidente do CE da FERLAP, que assina o comunicado, faz um alerta geral “para que estas imagens não se voltem a repetir”, mas ressalva que isto não quererá dizer “que sejam proibidos os telefones nas cantinas, bem antes pelo contrário, deve ser encorajada esta prática”, que o responsável considera ser “a única forma que os alunos têm de provar o que toda a gente sabe que se passa”. Roque aponta ainda o dedo aos municípios e ao Ministério da Educação, que têm de zelar pelo cumprimento dos contratos”.
À Lusa, o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, admitiu que possam existir falhas em algumas escolas, principalmente onde o serviço é feito por empresas privadas. “As refeições deveriam ser confecionadas nas escolas, que têm cantinas e cozinhas para o fazer. Quando isso acontece não há queixas, mas atualmente muitas escolas têm entregado a confeção a privados. As refeições são técnica e cientificamente corretas mas não são apelativas para os alunos”, defendeu Manuel Pereira.
O dirigente ressalva que, na sua escola, as refeições são feitas na cantina por funcionários, garantindo que ficam abaixo do valor mínimo definido pelo Ministério da Educação. As refeições têm de ficar entre os 1,42 euros e os 1,70 euros e nós conseguimos fazê-las 20 cêntimos abaixo e oferecemos às crianças peixe fresco, não congelado”, garantiu.
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