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Brexit: sondagem mostra mais pessoas arrependidas (menos os deputados)

O estudo de opinião da YouGov para o ‘The Times’ mostra que 47% dos entrevistados consideram que foi errado que o Reino Unido tivesse votado “sim” na saída e outros 42% acreditam que foi a opção certa.
14 Outubro 2017, 15h19

O apoio à saída do Reino Unido da União Europeia caiu para os níveis mais baixos desde o referendo do ano passado, de acordo com uma nova sondagem, divulgada esta sexta-feira pela imprensa britânica. O estudo de opinião da YouGov para o jornal The Times mostra um número crescente de pessoas que se arrepende da decisão do Reino Unido de se divorciar da União Europeia.

Há cada vez mais cidadãos a achar que a ideia de sair do bloco não foi assim tão boa. A análise à proporção de pessoas que lamentaram o resultado desde o referendo de junho de 2016 concluiu que 47% dos entrevistados consideram que foi errado que o Reino Unido tivesse votado “sim” na saída e outros 42% acreditam que foi a opção certa.

A sondagem da YouGov encontrou quase dois terços do público inquirido com a opinião de que as negociações para o Brexit estão a correr mal, o que representa uma subida face ao pouco mais de um terço que tinha sido registado em março deste ano.

O estudo para o The Times indicou ainda o nível de arrependimento que sentiu entre os deputados que apoiaram a saída, com 7% dos deputados em causa a confessar que tomaram uma decisão errada e outros 7% a dizer que não sabem se tomaram a decisão certa. A maioria (86%) afirma que fez a escolha correta.

Os ânimos estão exaltados dentro do Partido Conservador britânico, depois de a primeira-ministra, Theresa May, e alguns ministros mais antigos terem afirmado que preferiam que o Reino Unido permanecesse na União Europeia. Os defensores do Brexit acreditam que há uma grande conspiração para acabar com as negociações, que permanecem presas em questões como os direitos dos cidadãos britânicos, a fatura do divórcio e a fronteira com a Irlanda.

“Eu votei para que permanecêssemos na União Europeia [no referendo de 23 de junho de 2016], por boas razões, mas as circunstâncias atuais obrigam-nos a seguir em frente”, afirmou Theresa May em entrevista à rádio britânica LBC, na quarta-feira. “Estou a ser honesta com vocês. O que eu fiz no referendo foi olhar para o panorama e adotar uma posição e faria o mesmo atualmente. Mas agora não temos outro referendo e isso é crucial”, sublinhou a governante.

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