Duas bombas deflagraram quase simultaneamente em Mogadíscio, na Somália, no passado dia 14, sábado, atingindo duas das mais movimentadas artérias da cidade. O balanço mais recente da Reuters contabiliza já 231 vítimas mortais, o que faz deste incidente o ataque mais mortífero desde que se iniciou a insurgência islamita naquele país, em 2007. Pelo menos 275 pessoas ficaram feridas. O presidente somali, Mohamed Abdullahi Farmaajo, declarou já três dias de luto nacional e apelou a doações de sangue e fundos para apoiar as vítimas e as suas famílias.
A polícia avançou com a notícia de que um camião-bomba explodiu no passado sábado à porta de um hotel numa zona onde existem muitos edifícios governamentais, restaurantes e quiosques. O engenho deitou por terra vários prédios e incendiou dúzias de veículos. Duas horas mais tarde, outra explosão atingiu a zona da Medina da cidade.
“O número de mortos chegou aos 85. Sabemos que pelo menos 100 pessoas ficaram feridas”, afirmou Mohamed Hussein, da polícia local, à Reuters, pouco tempo depois do ataque, acrescentando que os números deveriam subir, o que, entretanto, se confirmou.
Até agora, ainda não houve lugar a uma reivindicação oficial da autoria do ataque, mas o grupo islamita al Shabaab, alinhado com a Al-Qaeda, costuma levar a cabo ações na zona e noutras partes do país. Recorde-se que este grupo tem levado a cabo uma guerra de guerrilha contra o Governo somali, apoiado pelas Nações Unidas, e contra os seus aliados na União Africana. O objetivo é derrubar o governo atual e impor a lei islâmica.
Atualizado às 14h44, com número de vítimas.
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