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Desflorestação na Amazónia diminuiu 16% num ano

“A desflorestação aumenta por uma série complexa de motivos, mas diminui basicamente por uma ação: comando e controlo. Comando e controlo é poder de polícia”, disse o ministro do Ambiente do Brasil, Sarney Filho, em entrevista, no Palácio do Planalto.
18 Outubro 2017, 08h58

A desflorestação na Amazónia caiu 16% entre agosto de 2016 e julho de 2017, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados esta terça-feira, pelos ministros do Ambiente, Sarney Filho, e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.

Apesar da queda, 6.624 quilómetros quadrados de floresta foram devastados no período, o equivalente a quatro vezes a cidade de São Paulo. Os estados do Pará e de Mato Grosso tiveram as maiores áreas devastadas, com 2.413 km² e 1.341 km² de floresta a menos, respetivamente.

No entanto, em comparação com o período anterior (agosto de 2015 e julho de 2016), os dois registaram redução na desflorestação de 19% no caso do Pará e 10% em Mato Grosso. Já o estado com menor área devastada foi o Tocantins, com 26 km² e redução de 55% em relação aos 12 meses anteriores.

De acordo com o Inpe, em relação a 2004, quando foi lançado o Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazónia, a devastação do bioma recuou 76%. Sarney Filho disse que os dados de ontem mostram a tendência de regressão na curva da desflorestação, que, segundo o mesmo, se deve a fatores como reforço da fiscalização e recomposição do orçamento dos órgãos ambientais.

“A desflorestação aumenta por uma série complexa de motivos, mas diminui basicamente por uma ação: comando e controlo. Comando e controlo é poder de polícia”, disse Sarney Filho, em entrevista, no Palácio do Planalto. Antes do anúncio, os dois ministros apresentaram os dados ao presidente do Brasil, Michel Temer.

“Quando fica constatado que há desflorestação, para lá se deslocam os fiscais do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade], Polícia Federal e aí se dá o combate. Quando aqueles que devastam ilegalmente sabem que a presença do Estado brasileiro está lá, diminuem as suas atividades. E é isso que está a acontecer”, completou o ministro do Ambiente.

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