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Neom, a nova cidade saudita onde haverá mais robôs que humanos

O príncipe saudita anunciou a criação de uma nova cidade na costa norte do país, que se estenderá também à Jordânia e ao Egito. Deverá captar até 500 mil milhões de dólares em investimento, ter mais robôs que humanos e constituir uma zona económica especial, livre da estrutura governamental saudita, exceto no que respeita à soberania.
24 Outubro 2017, 14h31

Mohammed bin Salman, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, anunciou esta terça-feira a construção de uma nova cidade na região norte do país. De nome Neom, constituirá uma zona económica especial, livre da estrutura governamental saudita, exceto no que respeita à soberania. Nos 26 mil km² que ocupará a nova cidade – que terá uma costa de 486 km ao longo do mar Vermelho e se estenderá ao longo da Arábia Saudita, Jordânia e Egito – são esperados investimentos de até 500 mil milhões de dólares (cerca de 425 mil milhões de euros).

“Neom será construída a partir do zero, o que trará uma oportunidade única para que se distinga de todos os outros locais que foram construídos ao longo de centenas de anos, e nós vamos usar esta oportunidade para construir um novo modo de vida com excelentes perspetivas económicas”, anunciou o príncipe durante um fórum para investidores que teve lugar em Riade sob a égide do Fundo Público de Investimento saudita.

A construção de Neom encaixa nos planos do jovem príncipe para libertar o país da dependência do petróleo, que se iniciam com a oferta pública de 5% da petrolífera estatal, a Saudi Aramco, em 2018.

O projeto foca-se em nove áreas de investimento, incluindo energia, água, biotecnologia e robótica, afirmou o governo em comunicado citado pela agência noticiosa local, onde era ainda afirmado que Neom deverá albergar mais robôs que humanos. Outra característica interessante do projeto é a previsão da construção de uma ponte que atravessará o mar vermelho, ligando a cidade ao Egito e ao resto de África.

Klaus-Christian Kleinfeld, antigo CEO da Arconic e da Alcoa, liderará o novo projeto, que inclui as ilhas egípcias de Tiran e Sanafir, no mar Vemelho, que passaram para as mãos dos sauditas em abril de 2016, o que levou a vários protestos e ações em tribunal.

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