Marcelo Rebelo de Sousa tentou, esta quinta-feira, durante uma visita aos Açores, desdramatizar a tensão entre a Presidência da República e o Governo, a propósito da comunicação que fez ao país sobre a resposta a dar nos incêndios e da qual resultou a demissão da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.
“Há duas maneiras de encarar a realidade. Uma maneira é o diz que disse especulativo de saber quem ficou mais chocado: se foi A com o discurso de B, se foi B com o discurso de A. E, depois, há uma segunda maneira, que é a de compreender que chocado ficou o país com a tragédia vivida, com os milhares de pessoas atingidas”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
“Eu entendo que a forma correta é a segunda e que quem olha para a realidade do diz que disse especulativo não entendeu e não entende nada do que se passou em Portugal nas últimas semanas”, acrescentou, em declarações na ilha Terceira, nos Açores, tendo ao seu lado o ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes.
O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas falava no Miradouro da Serra do Facho, onde assistiu a manobras do exercício militar “Lusitano 2017”, em resposta aos jornalistas, que o questionaram a propósito da notícia que está hoje na capa do Público, intitulada “Governo chocado com Marcelo: ‘As coisas estavam combinadas'”.
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