A Audi está a proceder à recolha de 5000 unidades do A8 a Europa depois de se ter descoberto que estavam a emitir demasiado óxido de azoto, o gás poluente que a Volkswagen “escondeu” dos reguladores dos EUA no escândalo que ficou conhecido como Dieselgate. Segundo avança a Reuters, a marca de modelos de luxo afirmou esta terça-feira que já havia alertado a autoridade rodoviária alemã, a KBA, para o problema, que havi já manifestado a sua preocupação acerca de uma possível manipulação ilegal dos níveis de emissões. No total, rumarão às oficinas 4997 unidades do A8 munidas do motor 2.4 V8 Diesel, das quais 3660 estão na Alemanha e foram produzidas entre setembro de 2013 e agosto de 2017.
As atualizações de software estarão prontas no primeiro trimestre de 2018, depois de serem realizados testes de inverno. “Entre outras coisas, a atualização deverá permitir que, depois de arrancar a frio, o motor atinja mais rapidamente as condições ideais de operação do sistema de tratamento de gases de escape, melhorando as emissões em ambiente de condução real”, terá dito a Audi, citada pela Reuters. “Durante os testes, procuramos garantir que o novo software não traga desvantagens aos consumidores em termos de consumo de combustível e de performance”, terá acrescentado a marca.
Recorde-se que, em 2015, a Volkswagen admitiu ter manipulado ilegalmente o software de gestão do motor para que os seus veículos conseguissem cumprir os standards de emissões de óxido de azoto nos testes de homologação, mas não em condições reais de condução, nas quais poderiam emitir até 40 vezes mais gases do que o permitido. Vários modelos da Audi foram afetados e o construtor foi acusado de, em ocasiões anteriores, ter já utilizado um sistema semelhante. Quando o escândalo rebentou, as ações da Volkswagen caíram 20%, tendo regressado a níveis pré-crise na passada quinta-feira, pela primeira vez.
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