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Orçamento para 2018 aprovado na generalidade por maioria de esquerda

A proposta de Orçamento de Estado para o próximo ano foi aprovada na generalidade.
3 Novembro 2017, 19h15

A proposta de Orçamento do Estado para 2018 e as Grandes Opções do Plano foram hoje aprovadas no parlamento, na generalidade, com os votos favoráveis de PS, BE, PCP e PEV, contra de PSD e CDS-PP e a abstenção do PAN.

Carlos César elogia “bons resultados”

O líder parlamentar do PS, Carlos César, elogiou hoje a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2018, considerando que o executivo prepara “um futuro melhor” para os portugueses e há “boas razões” para seguir este caminho.

“Temos boas razões para continuarmos no caminho escolhido. O percurso que já fizemos mostra que valeu a pena. Estivemos e estamos a preparar um futuro melhor”, disse Carlos César, no final do seu discurso no encerramento do debate parlamentar na generalidade da proposta de OE para o próximo ano.

Para o socialista, os partidos que viabilizarem o documento “exprimem, formalmente, um compromisso de apoio e de influência no essencial” do percurso do Governo, trajeto desenvolvido “com bons resultados”.

Por outro lado, os que rejeitarem o Orçamento “dissociam-se” desse trajeto, “negando os sucessos reconhecidos e pressagiando incessantemente resultados negativos”, acrescentou, numa alusão a PSD e CDS-PP.

CDS aponta para “austeridade à esquerda”

O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, acusou hoje o Governo de não ter aprendido a lição, voltando a esquecer a segurança das pessoas e a defesa do território num Orçamento de “austeridade à esquerda”.

“É um orçamento que, mais uma vez, esquece as áreas de soberania, a segurança de pessoas e bens e a defesa do território, que, irresponsavelmente, diminui ou não reforça, como estava obrigado, o investimento nas forças e serviços de segurança, nas Forças Armadas, na proteção civil ou nos agentes da justiça”, defendeu Nuno Magalhães.

O líder da bancada centrista recusou uma proposta de Orçamento do Estado que, argumentou, “falha na confiança que é devida a um Estado que falhou, falhou gravemente uma e outra vez, que faltou aos portugueses no essencial e que não aprendeu a lição”, numa referência aos incêndios deste ano que fizeram 109 vítimas mortais.

“Temos muito orgulho”, admite PCP

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, assumiu hoje “orgulho” na aprovação de medidas para “melhorar” a vida dos portugueses e defendeu a necessidade de mais investimento público no Orçamento do Estado para 2018.

Na sua intervenção no período de encerramento do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2018, Jerónimo de Sousa sublinhou que a proposta “está longe de corresponder à resposta necessária para enfrentar o nível de degradação da situação do país” provocada pela política de sucessivos governos PS, PSD e CDS-PP.

Contudo, o secretário-geral comunista destacou “o facto de o Orçamento consolidar as medidas de reposição de direitos, salários e rendimentos tomadas nos últimos dois anos” e de “dar novos passos nessa reposição”.

“Ouvimos neste debate o PSD afirmar que o Orçamento dá tudo a todos como dá com uma mão e tira com a outra e a referir-se a esses avanços como `umas coisas´ que o PCP discutiu com o Governo”, disse.

“Da nossa parte, temos muito orgulho em poder dizer que todas essas medidas positivas têm a intervenção do PCP, das suas propostas, da sua contribuição”, sublinhou.

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