O comité anticorrupção, dirigida pelo príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, tem como missão investigar casos de corrupção detetados no reino, informou ainda antes da notícia das detenções a agência oficial SPA.
O novo organismo tem o poder de emitir ordens de detenção e de proibição de viajar para o estrangeiro, além de poder congelar bens dos investigados e adotar outras medidas preventivas ainda antes de os casos chegarem a tribunal.
Fontes citadas pela Al Arabiya, baseada no Dubai, o comité reabriu a investigação de dois casos de corrupção relacionados com as inundações que ocorreram na cidade de Jeddah em 2009 e com o surto de coronavírus, também conhecido como síndroma respiratório do Médio Oriente, que matou cerca de 500 pessoas entre 2012 e 2015.
Ao mesmo tempo que criava o novo comité anticorrupção, o rei Salman anunciava alterações significativas nas autoridades do reino: destituiu o responsável da Guarda Nacional, o comandante da Armada e o ministro da Economia.
Nenhuma fonte oficial explicou por enquanto se as destituições estão relacionadas com as investigações de corrupção.
Até agora estava no comando da Guarda Nacional o príncipe Mobeib bin Abdulah, um dos elementos da família real de alto nível. Será substituído pelo príncipe Jaled bin Ayaf.
O ministro da Economia e do Planeamento, Adel al Faqieh, foi trocado por Mohamed al Tuwaiyri.
A Casa Real saudita não deu explicações sobre as substituições de ambos.
O comandante da Armada, o almirante Abdulah bin Sultan bin Mohamed al Sultan, que vai para a reforma, foi substituído pelo vice-almirante Fahd bin Abdulah al Gifaili.
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